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Crédito à habitação aumentou quatro vezes em apenas cinco anos
Hutomo Abrianto/Unsplash

O crédito à habitação aumentou mais de quatro vezes desde 2012. Há sete anos, aliás, que não se registava um volume de crédito tão elevado. Um cenário explicado pela retoma da economia e do emprego, pelas baixas taxas de juro e crescente valorização dos imóveis. Para Luís Lima, presidente da APEMIP, “não há sinais para alarme”.

Passada a recessão, os bancos decidiram voltar a abrir a torneira do crédito para a compra de casa. Os números não deixam margem para dúvidas. As instituições bancárias emprestaram, só no ano passado, 8259 milhões de euros para a compra de casa, um crescimento de 327% em relação aos 1935 milhões contabilizados em 2012. Os dados são do Boletim Mensal da Economia Portuguesa, elaborado pelo Gabinete de Estratégia e Estudos, citados pelo Diário de Notícias (DN).

Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), considera que é necessário “desmistificar estes dados”, garantindo que não existem “sinais para alarme”. O volume dos empréstimos para a compra de habitação “não significa uma recuperação”, segundo o responsável, já que os montantes emprestados estão ainda muito longe dos valores anteriores à crise. "Está-se a partir de uma base muito baixa", salientou Luís Lima ao DN, recordando os 19.630 milhões de euros emprestados pela banca em 2007.

O responsável descarta, assim, um novo cenário de crédito malparado. “O crédito que se está a conceder hoje não é crédito fácil", disse, referindo que atualmente os bancos "já não emprestam 100% do valor da casa”. “As avaliações são restritivas, os compradores têm de ter 20% a 30% do montante para o sinal”, concluiu.

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