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Com o Bankinter a oferecer o spread mínimo mais baixo (1%) do mercado nacional de crédito à habitação, logo seguido pelo Banco CTT (1,10%), a guerra entre os bancos está cada vez mais renhida. Agora, o BPI veio anunciar a descida desta margem para 1,25%, igualando a oferta dos concorrentes BCP, Novo Banco e Santander Totta, e deixando para trás a CGD. Desde 2015, o spread médio nos empréstimos para a compra de casa já caiu mais de 34% e há margem para ofertas ainda mais competitivas, com preços mais baixos ao longo deste ano.

A convicção é de Juan Villen, diretor de idealista hipotecas. "Se tivermos em conta os níveis de preços de outros países como Espanha, sim poderá haver margem adicional de baixa nos spreads do crédito à habitação que oferecem os bancos a operar em Portugal", aponta o responsável, ressalvando, porém, "que o Banco Central Europeu (BCE) está a pressionar as entidades financeiras para que mantenham um nível de rentabilidade razoável e não entrem em guerras de preços e relaxamento de critérios de risco que debilitem os seus balanços".

Ao longo dos anos foram vários os bancos em Portugal que decidiram baixar a sua margem de lucro com esta taxa para competirem entre si na angariação de clientes. Os spreads mínimos praticados atualmente variam entre 1%, o valor mais baixo do mercado na atualidade, e os 1,5% (cobrado pelo Montepio, que continua a ser a instituição financeira com a margem mínima mais elevada a ser praticada).  

A taxa média aplicada por estes 10 bancos nos contratos de crédito para a compra de casa está agora em 1,28%. Segundo as contas do Negócios, e face ao spread médio de quase 2% (1,95%) aplicado pelos bancos no final de 2015, a margem desceu 34,4%.

"Esta tendência de baixa nos spreads é um bom reflexo da melhoria da saúde do sistema bancário portugês e da livre concorrrência. A recuperação económica nacional faz com que o financiamento dos bancos seja mais vantajoso, e desta forma podem repercutí-la em menores preços aos clientes", explica Juan Villen. 

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