O montante de créditos em moratória voltou a descer em abril atingindo os 39,3 mil milhões de euros, um valor 3,6 mil milhões menor do que o registado no final de março. Este é o sétimo mês consecutivo que se verifica uma descida deste montante, segundo os dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP) esta segunda-feira (dia 31 de maio de 2021).
Por detrás da redução do montante de empréstimos em moratória está a descida de dois tipos de empréstimos: os concedidos a particulares que diminuíram 2 mil milhões de euros, e os concedidos a sociedades financeiras que reduziram 1,4 mil milhões.
Em comunicado, o BdP dá nota que “a evolução dos empréstimos em moratória concedidos a particulares é maioritariamente explicada pelos empréstimos com a finalidade habitação, que diminuíram 1,6 mil milhões de euros, refletindo sobretudo o término da moratória privada”.
Embora o fim das moratórias tenha sido associado a um cenário de incumprimento devido à situação delicada que a economia portuguesa atravessa, João Leão, ministro de Estado e das Finanças, rejeitou o “dramatismo” associado, isto porque há indicadores que sustentam a hipótese de haver uma “forte recuperação da economia" nos próximos meses.
Ainda assim, o vai estar em discussão no Parlamento – na especialidade - uma proposta do PCP para prolongar esta solução por mais seis meses. Mas note-se que a Autoridade Bancária Europeia não se mostrou disponível para prorrogar o enquadramento que permite que as moratórias não pesem na banca, segundo o Jornal de Negócios.
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