Em fevereiro de 2022, o montante total de crédito habitação concedido foi de 97 462,6 milhões de euros, segundo dados do BdP.
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Crédito habitação em Portugal
GTRES

O crédito habitação continua a ser a solução encontrada por muitos portugueses para comprar casa. E se é verdade que os preços da habitação estão a subir, também é verdade que se estão a vender mais casas. Os bancos, por seu turno, estão a mostrar disponibilidade para emprestar. Isso mesmo mostram os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP): em fevereiro de 2022, o montante total de crédito habitação concedido foi de 97 462,6 milhões de euros, mais que no mês anterior de 2021 (91 174,8 milhões de euros) e no período homólogo (95 530,5 milhões de euros).

“Os empréstimos aos particulares voltaram a acelerar nas finalidades habitação e consumo. No final de fevereiro, o montante total de empréstimos concedidos para habitação era de 97,5 mil milhões de euros e para consumo de 19,5 mil milhões de euros. Estes empréstimos cresceram, respetivamente, 4,6% e 4,3% em relação a fevereiro de 2021. O crescimento dos empréstimos na finalidade consumo não era tão elevado desde maio de 2020”, lê-se no boletim do BdP

No caso concreto do stock total de crédito habitação, o valor registado em fevereiro, os já referidos 97 462,6 milhões de euros, é o mais elevado dos últimos seis anos, sendo preciso recuar até janeiro de 2016 para encontrar um montante superior (97 499,5 milhões de euros).

Crédito habitação: é boa altura para pedir?

Se é verdade que os bancos estão a mostrar disponibilidade para financiar a compra de casa, também é verdade que o Banco Central Europeu (BCE) pode subir as taxas de juro diretoras ainda este ano, para travar a inflação. Uma das consequências seria o aumento das taxas Euribor e, consequentemente, da prestação da casa paga ao banco pelo crédito habitação. 

Vítor Bento, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), considera, a propósito deste tema, que a subida de juros é muito “provável”. O responsável espera, de resto, que as famílias e empresas que pediram crédito se tenham precavido para este cenário.

Um estudo recente do Caixabank deixa em aberto a hipótese das taxas Euribor, que há muitos anos estão em terreno negativo, “saltarem” para terrenos positivos já em 2022.

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