Taxa de juro foi 1,597% em novembro, mais 26,9 pontos base (p.b.) que em outubro. Já a prestação subiu nove euros para 288 euros.
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Juros do crédito habitação e prestação da casa estão a subir
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A decisão do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar a taxa de juro diretora – está nos 2,5% – para combater a subida da inflação está a ter impacto direto nas Euribor e consequentemente na prestação a pagar ao banco pelo empréstimo da compra da casa. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) indicam que a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito habitação foi de 1,597% em novembro, mais 26,9 pontos base (p.b.) que em outubro (1,328%), sendo este o valor mais elevado desde dezembro de 2012 (1,624%). Também o valor médio da prestação está a escalar, tendo-se fixado em 288 euros. É preciso recuar até maio de 2009 para encontrar um valor superior.

Segundo o gabinete nacional de estatísticas, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi de 2,365%, o que representa um aumento de 30,4 p.b. face a outubro (2,061%).

“Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 1,606% (+26,4 p.b. face a outubro). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro aumentou 31,8 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 2,372%”, lê-se no boletim do INE.

Prestação sobe nove euros para 288 euros

No que diz respeito ao valor médio da prestação a pagar ao banco pelo financiamento bancário, aumentou nove euros em novembro para 288 euros. Isto considerando a totalidade dos contratos. Trata-se do valor mais elevado desde maio de 2009 (294 euros). Em termos homólogos, ou seja, face a novembro de 2021, a subida é de 35 euros (13,8%). 

“Deste valor [288 euros], 83 euros (29%) correspondem a pagamento de juros e 205 euros (71%) a capital amortizado. Comparativamente com novembro de 2021, a componente de juros representava 16% do valor médio da prestação (523 euros). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação subiu 18 euros, para 507 euros, valor mais elevado da série disponível”, adianta o instituto. 

Capital médio em dívida aumenta 250 euros

Relativamente ao capital médio em dívida para a totalidade dos contratos, aumentou em novembro 250 euros, fixando-se em 61.763 euros. 

“Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 129.164 euros, menos 1.464 euros que em outubro”, conclui o INE. 

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