Sempre a subir. É desta forma que se pode classificar o que está a acontecer em Portugal na avaliação bancária das casas, que é um dos passos a ter em conta aquando da contratação de um crédito habitação. Em setembro, o valor mediano da avaliação bancária das casas atingiu um novo recorde: 1.541 euros por metro quadrado (euros/m2). Trata-se de um aumento de três euros (0,2%) face a agosto e de 112 euros (7,8%) em termos homólogos. Em causa estão dados divulgados esta sexta-feira (27 de outubro de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em setembro de 2023, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1.541 euros/m2, tendo aumentado três euros (0,2%) face a agosto”, lê-se no boletim do INE. Olhando para a série disponível – remonta a 2011 – verifica-se que este é o maior valor de avaliação bancária registada.
Segundo o INE, “a Região Autónoma da Madeira apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (2,8%) e o Algarve a maior descida (-0,6%)”. Em temos homólogos, ou seja, face a setembro de 2022, o valor mediano das avaliações cresceu 7,8%, “observando-se a variação mais intensa na Região Autónoma da Madeira (25,2%) e a menor no Centro (6,9%)”.
A nível regional, e no mês em análise, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram os valores medianos de avaliação bancária mas elevados do país, ou pelo menos superior a mediana nacional: 39,6%, 33,2%, 13,8% e 9,9%, respetivamente.
Já Alto Tâmega, Terras de Trás-os-Montes e Beiras e Serra da Estrela foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país: -49,0%, -48,6% e -47,8%, respetivamente.
Apartamentos valem mais 7,4% que há um ano
No caso dos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária de foi 1.708 euros/m2 em setembro, tendo aumentado 7,4% relativamente ao mesmo mês de 2022.
“Os valores mais elevados foram observados no Algarve (2.148 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (2.047 euros/m2), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (1.135 euros/m2). A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (30,6%) e a Região Autónoma dos Açores o menor (4,4%)”, conclui o INE.
Em termos mensais, ou seja, face a agosto de 2022, o valor de avaliação subiu 0,1%, registando a Região Autónoma da Madeira a maior subida (2,9%) e a Região Autónoma dos Açores a maior descida (-1,8%).
Quando valem os apartamentos por tipologia?
- O valor mediano da avaliação bancária para T2 desceu 11 euros, para 1.720 euros/m2:
- O valor mediano da avaliação bancária para T3 subiu 7 euros, para 1.525 euros/m2.
“No seu conjunto, estas tipologias representaram 78,3% das avaliações de apartamentos realizadas no período em análise”, esclarece o INE.
Moradias estão 5,5% mais caras (para os bancos)
Relativamente às moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.198 euros/m2 em setembro de 2023, o que representa um acréscimo de 5,5% em relação ao período homólogo. Os valores mais elevados ocorreram no Algarve (2.169 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (2.080 euros/m2), tendo o Centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (973 euros/m2 e 1.043 euros/m2, respetivamente).
De referir, ainda, que a Região Autónoma dos Açores apresentou o maior crescimento homólogo (17,2%), não se tendo registado reduções em nenhuma região.
Na variação em cadeia, ou seja, em setembro face a agosto, o valor de avaliação subiu 0,1%. “A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento mais elevado (9,9%), ocorrendo a descida mais acentuada no Centro (-0,7%)”, indica o instituto.
Quando valem as moradias por tipologia?
- O valor mediano da avaliação bancária das moradias T2 subiu quatro euros para 1.141 euros/m2;
- O valor mediano da avaliação bancária das moradias T3 aumentou três euros para 1.165 euros/m2;
- O valor mediano da avaliação bancária das moradas T4 disparou sete euros para 1.296 euros/m2.
“No seu conjunto, estas tipologias representaram 88,6% das avaliações de moradias realizadas no período em análise”, adianta o INE.
Há menos avaliações bancárias que em setembro de 2022
De acordo com o gabinete nacional de estatísticas, para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de setembro de 2023, foram consideradas 24.929 avaliações: 16.178 apartamentos e 8.751 moradias). Trata-se de um número 3,5% inferior que o verificado em setembro do ano passado.
“Em comparação com o período anterior [agosto de 2023], realizaram-se mais 324 avaliações bancárias, o que corresponde a um acréscimo de 1,3%”, conclui o INE.
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Metro quadrado das casas bate recorde em agosto e atinge 1.538 euros
Um dos passos importantes na hora de pedir crédito habitação é a avaliação bancária, uma vez que a instituição financeira vai emprestar o menor valor entre o preço de venda e o da avaliação. E os bancos têm vindo a confirmar, mês após mês, a valorização da habitação em Portugal, já que o valor mediano da avaliação bancária das casas não pára de crescer, tendo atingindo um novo recorde em agosto (1.538 euros/m2), revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (IN
Comprar casa: avaliação bancária sobe para 1.525 euros por m2 em julho
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M2 das casas para os bancos atinge novo recorde de 1.510 euros em maio
A venda de casas tem vindo a cair em Portugal. Mas o valor do metro quadrado para os bancos não para de crescer. No mês de maio, foi atingido um novo recorde: o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.510 euros por metro quadrado (euros/m2), mais 9,4% face ao período homólogo e o maior valor alguma vez registado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Por outro lado, o número de avaliações bancárias realizadas em maio caiu quase 30% num ano.
Metro quadrado das casas vale cada vez mais para bancos - novo recorde
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Casas para comprar ficaram 48% mais caras desde 2019
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Euribor acima dos 2%: prestações da casa voltam a subir em outubro
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