
Os bancos continuam a valorizar as casas, quando são avaliadas no âmbito de pedidos de crédito habitação. Em junho de 2025, o valor mediano da avaliação bancária da habitação voltou a subir, fixando-se nos 1.911 euros por metro quadrado (euros/m2). Trata-se de um novo máximo histórico. Esta evolução representa um crescimento de 1,3% face ao mês anterior e um expressivo aumento homólogo de 18,1%.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou, esta segunda-feira, dia 28 de julho de 2025, que foram consideradas 32.602 avaliações bancárias, uma descida mensal de 7,5%, mas um aumento de 2,8% face a junho de 2024.
Considerando estas avaliações realizadas no âmbito de pedidos de crédito habitação para compra de casa, o instituto conclui que o valor mediano de avaliação bancária fixou-se em 1.911 euros/m2, um novo máximo histórico.
A região Oeste e Vale do Tejo destacou-se com o maior crescimento mensal (2,5%) do valor mediano da avaliação bancária na habitação, enquanto o Alentejo foi a única zona a recuar ligeiramente (-0,3%).
Em comparação com junho de 2024, o valor mediano das avaliações do m2 das casas pelos bancos cresceu 18,1%, observando-se a variação mais intensa na Península de Setúbal (22,8%). A nível regional, não ocorreu qualquer descida anual deste indicador.
Apartamentos disparam 22,9% num ano

No segmento dos apartamentos, o valor mediano da avaliação foi de 2.208 euros/m2, o que representa um crescimento de 22,9% em termos homólogos, esclarece o INE no documento. O maior aumento anual foi registado na Península de Setúbal, com 24,1%.
As regiões mais caras continuam a ser a Grande Lisboa (2.940 euros/m2) e o Algarve (2.596 euros/m2), enquanto o Alentejo mantém o valor mais baixo (1.386 euros/m2).
Em relação ao mês anterior, o valor da avaliação bancária nos apartamentos subiu 2,5% em junho, com o Oeste e Vale do Tejo a liderar (5%). As tipologias mais avaliadas foram os T1, T2 e T3, representando 92,2% do total:
- Apartamentos T1: o valor mediano subiu 39 euros, para 2.795 euros/m2;
- Apartamentos T2: o valor mediano subiu 64 euros, para 2.267 euros/m2;
- Apartamentos T3: o valor mediano subiu 36 euros, para 1.924 euros/m2.
Moradias com valorização do m2 moderada

As moradias também acompanharam a tendência de subida da avaliação bancária, ainda que de forma mais moderada. O valor mediano fixou-se em 1.389 euros/m2, refletindo uma subida de 9,2% face a junho de 2024. A Península de Setúbal destacou-se novamente, com o maior aumento homólogo (17,2%).
Os valores da avaliação bancária das moradias mais elevados foram registados na Grande Lisboa (2.669 euros/m2) e no Algarve (2.505 euros/m2), enquanto o Centro (1.047 euros/m2) e o Alentejo (1.103 euros/m2) apresentaram os valores mais baixos.
Em termos mensais, o valor mediano da avaliação bancária das moradias recuou ligeiramente 0,4%, com a Região Autónoma da Madeira a registar a maior queda (-2,2%) e a Grande Lisboa a maior subida(+4,5%).
Eis a variação por tipologia:
- Moradias T2: o valor mediano desceu 21 euros, para 1.351 euros/m2;
- Moradias T3: o valor mediano manteve-se nos 1.376 euros/m2;
- Moradias T4: o valor mediano desceu 6 euros, para 1.467 euros/m2.
As tipologias T2 a T4 representaram 88,6% das avaliações de moradias.
As diferenças marcadas entre regiões
A análise por regiões revela fortes assimetrias quando comparada com o valor mediano nacional da avaliação bancária na habitação (que inclui moradias e apartamentos).
As regiões que apresentaram valores mediano da avaliação bancária mais baixos em relação à mediana do país foram: Beiras e Serra da Estrela (-52,2%), Alto Tâmega e Barroso (-50,8%) e Terras de Trás-os-Montes (-49,9%).
Por outro lado, as regiões com valores acima da mediana nacional foram:
- Grande Lisboa: o valor subiu 52%;
- Algarve: o valor subiu 34,7%;
- Península de Setúbal: o valor subiu 18,8%;
- Madeira: o valor subiu 14,2%;
- Alentejo Litoral: o valor subiu 7,3%;
- Área Metropolitana do Porto: o valor subiu 0,7%.
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