Durão Barroso acaba de perder o privilégio de ser recebido em Bruxelas como ex-presidente da Comissão Europeia (CE) e vai ter de prestar esclarecimentos sobre o contrato que firmou com o banco norte-americano de investimento Goldman Sachs, onde o também ex-primeiro ministro de Portugal vai assumir as funções de presidente-não executivo.
O atual presidente da CE, Jean-Claude Juncker, que quer examinar estas relações de Barroso com o banco, já deu também instruções ao seu gabinete para tratá-lo como qualquer outro lobista com ligações a Bruxelas escreve a Lusa, citando a imprensa.
Na sua qualidade de ex-presidente da CE, assim como ex-primeiro-ministro de um Estado-membro, Durão Barroso teria o direito a um "tratamento VIP" pelos líderes e instituições europeias em Bruxelas.
Mas a partir de agora, em quaisquer contactos futuros, será recebido como uma "representante de interesses" e qualquer comissário europeu ou funcionário da União Europeia que mantiver contatos com Durão Barroso será obrigado a registar esses contactos e a manter notas sobre os mesmos, explica a agência de notícias, dando nota de que esta decisão de Juncker responde à provedora de justiça europeia, Emily O'Reilly, que na semana passada pediu esclarecimentos sobre a posição da Comissão Europeia face à nomeação de Durão Barroso para administrador não-executivo na Goldman Sachs Internacional (GSI).
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