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Porto está a viver um momento único. Atraíndo cada vez mais turistas, ao ter sido eleito o melhor destino europeu nos últimos anos, a cidade é agora o destino de muitos estrangeiros que decidem ali viver e criar o seu próprio negócio. Uma nova vaga de investisdores está a chegar à Invicta, aliciada pela segurança, as tradições e o crescimento económico.

Uma recente vaga de estrangeiros chegou ao Porto não para fazer turismo, mas para fixar residência, criar o próprio negócio e usufruir da segurança, das tradições e do crescimento económico numa cidade premiada três vezes como melhor destino europeu, tal como constatou a Lusa em reportagem.

Um desses exemplos, é Maria Kulagina, uma russa de 26 anos, que abriu um há cinco meses um estabelecimento comercial na típica Rua das Taipas, onde serve pequenos-almoços saudáveis e aluga bicicletas.

"Quando pensámos numa cidade para estabelecer o nosso negócio, pensámos em primeiro lugar no Porto. O Porto está a crescer, isso vê-se. Ganharam o título para melhor destino europeu, também têm muitas companhias aéreas que asseguram bilhetes baratos de outras cidades europeias", aponta à agència de notícias, a antiga relações públicas que aterrou no Porto em dezembro passado com o seu marido Alexey Mikhaylov, 34 anos, ex-diretor financeiro, para abrir o 'Hungry Biker.

Depois de palmilharem Portugal de lés-a-lés, a escolha recaiu no Porto, por causa da "atmosfera", pelo "espírito aberto das pessoas" e "autenticidade" e, porque as pessoas têm os "olhos postos no futuro, mas não se esquecem das suas tradições", explica o casal russo.

Outro caso narrado pela Lusa é o do casal brasileiro Felipe Sales, 39 anos, informático, a mulher, Daniela Sales, 40 anos, e o filho de cinco anos, que também imigraram para o Porto há cerca de um ano, deixando para trás o Rio de Janeiro, a violência e a crise económica sentida no seu país natal.

Abriram dois negócios. Uma marca brasileira de joias e uma marca de acessórios para telemóveis. "Viemos em busca de uma vida mais tranquila, com mais segurança e uma vida melhor para o nosso filho", resume Daniela Sales, destacando que o Porto tem um bom clima, uma gastronomia interessante e "muito boa" mobilidade urbana.

A alemã Svenja Specht, 'designer' de moda, alugou uma casa no Porto há dois anos com o seu companheiro, Yoske Nishiumi, natural de Tóquio (Japão), e mudou a sede da sua empresa 'Reality Studio', em Berlim, para um primeiro andar de um edifício da Baixa portuense.

Entretanto o japonês Yoske Nishiumi decidiu também abrir o seu próprio negócio e apostou numa loja conceptual com produtos japoneses, alemães e portugueses no centro da cidade, nas Galerias Lumiére, onde 70% dos clientes são portugueses.

A arquiteta Yeliz Cenesiz, 41 anos, e o marido Alper Cenesiz, 44 anos, naturais de Istambul, na Turquia, também escolheram o Porto para viver e criar o filho que hoje tem nove anos, elegendo a vida tranquila, o bom clima e a segurança como as grandes qualidades da cidade.

Depois de visitarem Portugal numas férias quando estava grávida, o casal ficou com o Porto debaixo de olho como uma opção para viver no futuro e quando houve uma vaga na Faculdade de Economia da Universidade do Porto para Alper Cenesiz, o casal optou por imigrar para o Porto.

À Lusa, Yeliz, que atualmente tem um negócio de roupa feita em Portugal e Espanha, conta que o que mais gosta no Porto é a "vida tranquila" e a "segurança", porque em Istambul há "muitas coisas más", "roubos com violência" e é "muito cosmopolita com mais de 15 milhões de pessoas", "difícil para estacionar", sendo "tudo muito complicado e cansativo".

Para o casal turco, que mora na Avenida da Boavista, a cidade do Porto tem o "bom dos mundos" e, por isso, pensam nunca mais sair da cidade, onde até já compraram apartamento.

Todos os casais, que unidos pelo amor, vieram viver e trabalhar para o Porto confessaram à Lusa que gostariam de ficar a viver durante longos anos naquela cidade do Norte de Portugal, remata a agência de notícias.

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