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Verbas para combate aos fogos sobem 11% no próximo ano
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A verba para o combate às chamas vai aumentar já no próximo ano, de acordo com a proposta inscrita pelo Governo no Orçamento do Estado para 2018 (OE2018). Serão 234,8 milhões de euros para a “Proteção Civil e Luta contra Incêndios”, uma dotação que é 11,2 % superior àquela que foi orçamentada para 2017. Depois de 524 ocorrências – só neste domingo –, 36 mortos, 62 feridos e sete desaparecidos, Portugal acordou esta terca-feira sem fogos, mas com mais 54.000 hectares de terra ardidos.

Esta será a primeira vez que o Governo de António Costa vai ultrapassar a dotação para o combate às chamas de qualquer um dos anos de governação de Passos Coelho, escreve o Jornal de Negócios. A este montante somam-se, ainda, 800.000 euros, que ficarão a cargo do Ministério da Defesa. O relatório que acompanha a proposta de OE2018 mostra que o Executivo aumentou 23,7 milhões de euros a verba para combater incêndios. No documento, o Governo garante que vai investir no “fortalecimento do sistema de proteção civil”, mas também num “aumento da capacidade e da resposta operacional”.

Portugal acorda sem fogos ativos esta terça-feira

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) não destacava esta terça-feira, pelas cinco da manhã, qualquer incêndio em evolução na página na Internet, depois de, no domingo, centenas de fogos terem deflagrado e causado pelo menos 36 mortos. A chegada da chuva a algumas zonas do país, durante a noite, terá ajudado no combate às chamas.

De acordo com a Lusa, o portal da ANPC não listava, pela mesma hora, qualquer ocorrência importante e na lista total de incêndios, que inclui os fogos de menor dimensão, apenas são destacados incêndios dominados (sete) ou em conclusão (51). No terreno estão ainda, em todo o país, 3.313 operacionais, apoiados por 981 meios terrestres.

Quase 54.000 hectares queimados só no domingo

As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos, sete desaparecidos e 62 feridos, dos quais 15 graves, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas.

Os incêndios destruíram, só este domingo, cerca de 54.000 hectares. Segundo o jornal ECO a zona do Pinhal Litoral foi a mais afetada, onde arderam 11.394 hectares, entre domingo e segunda feira. Depois desta, a maior área destruída pelas chamas foi na região do Pinhal Interior Norte, que abrange os concelhos de Penacova e Arganil, entre outros, onde arderam mais de 16.000 hectares, segundo o Sistema do Centro de Investigação Comum da Comissão Europeia (EFFIS).

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