
A multinacional portuguesa Sonae reforçou a sua posição na Sonae Sierra, depois de comprar ao grupo inglês Grosvenor uma participação de 20%, por 255 milhões de euros. Até agora, a Sonae Sierra era detida pela Sonae (50%) e pela Grosvenor (50%), mas com a recente aquisição, a empresa portuguesa passa a deter 70% do capital da companhia de centros comerciais.
O acordo vai permitir à Sonae “reforçar a sua participação e influência num player de referência no setor do imobiliário no retalho, simultaneamente aumentando o perfil internacional do grupo”, refere a multinacional na nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O grupo liderado por Paulo Azevedo adianta que "a Grosvenor continuará a ser o parceiro estratégico da Sonae Sierra", apesar de estarem "assegurados os direitos de saída adequados à sua futura condição de acionista minoritário".
Joint-venture gere carteira internacional de shoppings
A Sonae Sierra gere e co-controla um portefólio de 7 mil milhões de euros de 46 centros comerciais na Europa e na América do Sul.
Em junho ficou a saber-se que a empresa pôs à venda três centros comerciais em Portugal, o RioSul Shopping, no Seixal (Setúbal), o Arrábida Shopping e o Gaia Shopping, ambos no Porto.
Em Espanha, o grupo português também já iniciou os processos de venda de outros três centros comerciais: o Gran Casa, em Zaragoza, o Valle Real, em Cantabria, e o Max Center, em Viszcaya. A operação de venda é justificada com o facto do seu sócio, a CBRE Global Investors, querer sair deste negócio.
Sonae quer colocar imobiliário e retalho em bolsa
A Sonae está também a analisar a possibilidade de colocar em bolsa a sua carteira de imobiliário e retalho. Num comunicado enviado à CMVM, em maio, a multinacional esclareceu que o objetivo é o de dispersar as ações das participadas Sonae MC (o negócio de retalho alimentar) e a Sonae RP (a sociedade que gere a propriedade imobiliária de retalho do grupo), sem perder a posição maioritária.
A Sonae MC e a Sonae RP combinadas geraram, no primeiro trimestre deste ano, um volume de negócios de 963 milhões de euros e um EBITDA subjacente de 55 milhões de euros.
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