Os responsáveis do Fundo Monetário Internacional (FMI) estão satisfeitos com a "a melhoria da resiliência do setor bancário” português, mas não se inibem de deixar avisos. Ainda que a evolução seja positiva, é preciso um "esforço concertado" na redução do crédito malparado em Portugal.
O FMI elogia o progresso na redução de “stock” de NPL (sigla em inglês para 'non-performing loans' ou crédito malparado), mas pede mais esforços. Para evitar novas vulnerabilidades, os diretores encorajam “as autoridades a continuarem focadas na preservação de 'standards' de crédito, na monitorização dos mercados hipotecários e em aplicar medidas de caráter prudencial onde for necessário", escreve a Lusa.
Os responsáveis reconhecem “a melhoria da resiliência do setor bancário, com capitais mais elevados e uma maior rentabilidade” mas, numa avaliação mais geral, referem que o crescimento do crédito continua “a atrasar a recuperação da atividade económica, numa altura em que os bancos estão a reparar os seus balanços”.
O fundo recomenda, para evitar a acumulação do crédito em incumprimento, que “os supervisores continuem a pressionar os bancos para que reforcem a sua gestão de risco e de ‘corporate governance'”.
Entre o final de 2016 e o mesmo período de 2017, os NPL desceram em 9,4 mil milhões de euros, atingindo os 13,3% do total de crédito, face aos 17,2% anteriores, segundo a organização. Ainda assim, o FMI considera que o nível deste incumprimento continua a ser “uma preocupação”, atingindo um total de 37 mil milhões de euros.
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