O projeto Digital Nomads Madeira foi desenvolvido em parceria entre a Startup Madeira e o governo regional.
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Nómadas digitais já chegaram à Madeira: são mais de 70 (mas há milhares de interessados)
Photo by Colin Watts on Unsplash

Os primeiros nómadas digitais já estão instalados na Ponta do Sol, na ilha da Madeira. São cerca de 75, oriundos de vários países, e chegaram ao abrigo do projeto Digital Nomads Madeira, desenvolvido em parceria entre a Startup Madeira e o governo regional, que pretende atrair profissionais do setor empresarial e empreendedores de todo o mundo para trabalharem na região durante um período alargado de tempo. O objetivo é, também, dinamizar a economia local e fazer um “rebranding” da ilha.

Os nómadas digitais constrastam agora com o estereótipo de turistas e reformados ingleses que a região costuma acolher, segundo as declarações de Gonçalo Hall, nómada digital e responsável pelo projeto. “A Madeira ainda é muito associada a pessoas mais velhas. Mas a verdade é que tem tudo o que um nómada digital procura. Tem sol, tem praia, nos fins de semana temos imensas atividades, desde mergulho a trilhos na natureza ou levadas. Não percebo é como é que os nómadas digitais não tinham chegado aqui antes”, refere.

Atualmente, os nómadas digitais instalados na Ponta do Sol já são 75, de países como Alemanha, Polónia e Roménia (por causa das restrições de circulação), mas os interessados já superam os 4.000 e são de todas as partes do mundo. “O trabalho remoto explodiu e isso ajuda a que mais gente venha”, diz Gonçalo Hall. “É o timing perfeito. A Madeira foi muito inteligente”, refere ainda.

Ao todo, e segundo relata o ECO, o projeto já recebeu 4.500 inscrições de nómadas de 90 países que querem trabalhar a partir da madeira. “O número de pessoas que já se registaram equivale, provavelmente, àquilo que era um dia normal de chegadas no aeroporto da Madeira. No entanto, a diferença é que estas pessoas ficam cá, alugam casa, fazem as suas compras, vão aos restaurantes e bares locais”, garante Gonçalo Hall, acrescentando que os “nómadas digitais gastam, de facto, o seu dinheiro” ali. “Gostam de consumir local e querem garantir que o seu dinheiro vai para o comércio local, o que faz com que os empreendedores pequenos ganhem muito mais”, frisa.

A ideia, segundo o responsável, não é ir “contra” o turismo convencional, mas sim criar uma nova forma de fazer turismo, capaz de tirar partido de todo o potencial que a região tem para oferecer.

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