Nove em cada dez mulheres considera que houve um “aumento na violência física e emocional contra mulheres no seu país”.
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Violência de género contra as mulheres em Portugal
Público

Nove em cada dez mulheres portuguesas (90%) considera que houve um “aumento na violência física e emocional contra mulheres no seu país”, um número superior ao verificado na média europeia (77%). Apenas na Grécia a percentagem é superior (93%). Esta é uma das conclusões a retirar de um Eurobarómetro em que foram entrevistadas apenas pessoas do sexo feminino – cerca de mil em cada país da União Europeia (UE) – e que traça um retrato do impacto da pandemia na vida das mulheres. O Dia Internacional da Mulher celebra-se esta terça-feira, dia 8 de março de 2022. 

Segundo o Público, que se apoia nos dados do Eurobarómetro, entre todas as mulheres inquiridas em Portugal, 64% consideram que houve um “grande aumento” da violência contra mulheres enquanto 26% responderam que houve um “pequeno aumento”.

Em Portugal, 17% das mulheres responderam que conheciam pelo menos uma mulher na família ou círculo de amigos que sofreu assédio online ou outra forma de ciber-violência. Também 17% das inquiridas afirmaram conhecer vítimas que sofreram assédio na rua nos últimos dois anos. Os números prosseguem:

  • 14% conheceram pelo menos um caso de violência doméstica contra mulheres durante a pandemia; 
  • 14% estiveram em contacto com casos de violência económica;
  • 14% souberam de pelo menos uma mulher que foi assediada no trabalho.

De acordo com a publicação, à semelhança do que acontece noutros países europeus, as portuguesas indicam que a principal medida a ser aplicada para combater a violência contra mulheres é tornar mais fácil o processo de queixa às autoridades. Uma das medidas a adotar passa pelo aumento da formação da polícia e dos magistrados sobre estas questões, bem como o aumento das opções de ajuda para as mulheres vítimas de violência e a promoção da autonomia financeira das mulheres.

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