As criptomoedas estão nas bocas do mundo. E o setor imobiliário não está imune a esta febre, nomeadamente em Portugal, onde já são vendidas casas em bitcoins e onde foi lançada a primeira plataforma digital da Europa com imóveis à venda exclusivamente em moedas digitais. Os números mais recentes mostram, no entanto, que o mercado das criptomoedas perdeu 326 mil milhões de dólares (313 mil milhões de euros) em apenas sete dias, num “crash” provocado sobretudo pelo colapso da stablecoin Terra USD e pela incerteza face ao advento de uma política monetária que tem vindo a diminuir o apetite dos investidores por ativos de risco. Um cenário que pode mudar de figura em breve.
Segundo o Jornal de Negócios, esta segunda-feira (16 de maio de 2022), a bitcoin – a mais conhecida das criptomoedas – desvalorizou 1,5%, caindo abaixo da fasquia dos 30 mil dólares (28,7 mil euros). Será um acontecimento único, de acordo com os players do mercado, visto que apesar de ser semelhante ao “inverno cripto” de 2018, há agora vários investidores institucionais de peso a apostar neste mercado que podem ajudar na recuperação.
A publicação escreve que esta é uma crise que se deve sobretudo ao facto da Terra USD estar em queda livre, tombando quase 35% para 0,1282 dólares. O mesmo está a acontecer com a Luna, que faz parte do mesmo projeto blockchain, e que cai 29% para 0,0001938 dólares.
Mas este é um negócio de oportunidades. Disso mesmo dá conta Paul Veradittakit, sócio da Pantera Capital. “Em comparação com 2018, há mais investidores institucionais expostos às criptomoedas e a maioria [do mercado] vê este fenómeno como uma oportunidade de compra”, referiu o responsável, citado pela Bloomberg.
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