
A inflação disparou e, segundo os especialistas, veio para ficar, não sendo transitória. Significa isto que os preços dos produtos estão mais caros, com os salários dos portugueses a não acompanharem esta evolução. O resultado não parece ser animador: a perda de poder de compra das remunerações médias por trabalhador vai rondar os 3,5% em 2022, sendo esta a maior redução desde a Troika (2012). Portugal terá, de resto, a 11ª maior perda de poder de compra entre os 33 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
Segundo o Dinheiro Vivo, que se apoia em dados recentes da OCDE, a quebra no poder de compra dos salários médios per capita em Portugal acontece, sobretudo, porque a subida da compensação média por trabalhador (por conta de outrem) é de apenas 2,9%, o sexto registo mais fraco do grupo das três dezenas de economias da OCDE.
Tendo por base as novas previsões da OCDE, a erosão salarial portuguesa prevista para este ano – na ordem dos já referidos 3,5%, e provocada pela inflação – é superior à média da Zona Euro e do grupo da OCDE (2,8% em ambos os casos). A liderar a tabela encontra-se a República Checa (mais de 7%) e a completar o pódio estão Estónia e México, que ocupam a segunda e terceira posições do ranking, respetivamente.
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