
Lisboa é a sétima cidade europeia mais exposta a ondas de calor, num total de 600 cidades. Os dados mais recentes permitem concluir que, na capital, o Parque das Nações e a Baixa são as ilhas – ou melhor, os “arquipélagos” – de calor urbano que apresentam maior intensidade, que em períodos de ondas de calor como o que vivemos aquecem ainda mais.
Este é, segundo o Público, um fenómeno que se vai tornar ainda mais intenso, frequente e longo, em especial nas áreas urbanas. Isto porque as altas temperaturas são consequência da mão humana e do agravamento da crise climática, escreve a publicação, salientando que o calor piorou a seca e também acentuou o risco de incêndios.
Para este mês de agosto, e de acordo com os especialistas ouvidos pelo jornal, vai existir um Portugal de duas faces: temperaturas acima do normal no interior e ligeiramente abaixo da média no litoral. As previsões a longo prazo do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) dizem, no entanto, que o calor extremo que houve em julho não se deve repetir.
A título de curiosidade, no pico da onda de calor de meados de julho, a temperatura às 15h no Parque das Nações era de 36 graus e em Belém de 31. “Esta zona do Oriente e da Baixa, sobretudo no trecho entre a Baixa e o Campo Grande e entre a Baixa e a Avenida Almirante Reis, estão normalmente mais aquecidas do que fora da cidade, comparando com o aeroporto, que é a estação de referência”, diz António Lopes, investigador em Climatologia Urbana e Local do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT), citado pela publicação.
Para poder comentar deves entrar na tua conta