
Em 2021, estavam detidos nas cadeias portuguesas 1.661 cidadãos estrangeiros, um número que representa uma diminuição de quase 33% face a dez anos antes – em 2011 eram 2.548. Por nacionalidades, mais de metade dos reclusos que estão detidos em solo nacional são originários de Cabo Verde (25,2%), Brasil (22,4%) e Guiné-Bissau (9,5%). Em causa estão dados da Direção-Geral dos Serviços Prisionais, que constam no relatório Indicadores de Integração de Imigrantes 2022.
Segundo o Expresso, as nacionalidades mais comuns entre os reclusos não correspondem às maiores comunidades estrangeiras em Portugal. Guiné-Bissau, Espanha, Marrocos e São Tomé e Príncipe, por exemplo, são alguns dos países com mais cidadãos nas prisões portuguesas, mas não figuram entre as maiores comunidades imigrantes. Já Itália, Índia, França e China estão entre as dez maiores comunidades, mas não constam da lista dos reclusos.
Relativamente aos portugueses detidos além-fronteiras, os dados que constam no Relatório da Emigração 2021 do Ministério dos Negócios Estrangeiros permitem concluir que havia, nesse ano, 1.377 cidadãos nacionais detidos no estrangeiro, mais cerca de 10% que em 2020 (mais 123 detidos).
A maioria dos portugueses detidos no estrangeiro está em países europeus (1.198), sobretudo Reino Unido (263) e França (242). Fora da Europa, é no Brasil que há mais reclusos portugueses (99), escreve a publicação.

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