
O número de agregados a pagar a taxa adicional de solidariedade do IRS, que se aplica a quem tem rendimentos superiores a 80.000 euros brutos por ano – consideradas as famílias mais ricas em Portugal –, subiu 16% em 2021 face ao ano anterior. Foram, no total, 21.848 famílias (18.780 em 2020). Comparativamente com 2019 (19.359 famílias), o aumento é ligeiramente inferior (13%).
Segundo o Jornal de Negócios, que se apoia em dados estatísticos de IRS da Autoridade Tributária (AT) referentes aos rendimentos de 2021, a taxa adicional de IRS, que foi lançada em 2012, é exigida aos sujeitos passivos com rendimento coletável (depois de aplicada a dedução específica ou, quando superiores, os descontos para a Segurança Social) acima de 80.000 euros. E tem dois escalões:
- De 2,5% para quem aufere entre 80.000 e 250.000 euros;
- De 5% para rendimentos superiores a 250.000 euros.
Em 2021, a maioria das famílias que pagou a taxa adicional de solidariedade do IRS – 21.086 em 21.8484 – tinha morada fiscal no continente, sendo que as restantes encontram-se nos Açores e na Madeira.
Os números do Fisco permitem ainda tirar outra conclusão: a maioria das famílias (mais de 90%) tiveram uma taxa adicional de solidariedade do IRS de 2,5% na fatia do seu rendimento entre os 80.000 e os 250.000 euros. O que significa que foram menos de 1.500 as famílias que pagaram a taxa de 5%, para rendimentos acima de 250.000 euros.
Para poder comentar deves entrar na tua conta