Alerta é dado pelo Banco de Pagamentos Internacionais, que fala na possibilidade de se instalar "uma psicologia inflacionista".
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Taxa de juros a subir
Foto de Towfiqu barbhuiya na Unsplash

O Banco Central Europeu (BCE) voltou a subir as taxas de juro diretoras 25 pontos base, elevando a taxa de financiamento para 4%, o nível mais elevado desde 2008. E com o objetivo de continuar a baixar a taxa de inflação na Zona Euro até aos 2%, Christine Lagarde, presidente do regulador europeu, já deixou a porta aberta a novos aumentos. No seu mais recente relatório, o Banco de Pagamentos Internacionais (BIS, na sigla inglesa) traçou o mesmo cenário, antevendo que as taxas de juro podem permanecer altas mais tempo que o previsto.

“Existe um risco material de que se instale uma psicologia inflacionista, onde aumentos de salários e de preços começam a reforçar-se mutuamente. [Nesse sentido] as taxas de juros podem precisar de permanecer mais altas por mais tempo do que as pessoas e os investidores esperam”, lê-se no relatório divulgado este domingo (25 de junho de 2023) pelo BIS. 

Segundo a instituição, que está sediada em Basileia (Suíça), vivem-se momentos de incerteza e desafiantes, tendo a economia global atingido “um momento crítico e perigoso”. 

A entidade reforça a ideia já deixada pelo BCE, de que todos os esforços têm em vista a diminuição da inflação, avisando que esta pode manter-se alta mais tempo que o previsto. 

“Os ganhos obtidos até agora na luta contra a inflação devem-se muito ao alívio nas cadeias de abastecimento e à queda dos preços das ‘commodities’", alerta o BSI, salientando que os bancos centrais estão determinados em vencer a inflação. 

“Existe um risco material de haver um maior stress financeiro à medida que o sistema financeiro se ajusta ao fim das taxas de juros baixas durante muito tempo. (…) Para salvaguardar a estabilidade e a confiança, a política monetária e fiscal deve operar dentro de uma ‘região de estabilidade’”, conclui o BSI.

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