
Portugal é o país mais vulnerável do chamado grupo das nações mais desenvolvidas do mundo à subida das taxas de juro e à descontinuação dos programas de dinheiro barato do Banco Central Europeu (BCE). Que o diz é a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), no seu estudo anual sobre perspetivas (outlook) de endividamento das mais de três dezenas de países do clube da OCDE.
Segundo o Dinheiro Vivo, que se apoia no documento, Portugal (o Governo) lidera um conjunto de 32 Estados analisados, com 50% da sua dívida pública detida pelo sistema de bancos centrais da Zona Euro.
A vulnerabilidade do país e do Orçamento do Estado é elevada porque o Eurossistema está a subir taxas de juro, mas, sobretudo, porque vai começar a desfazer-se das obrigações do tesouro à medida que estas chegam à maturidade, escreve a publicação.
De acordo com a OCDE, a Eslováquia aparece em segundo lugar entre as economias mais vulneráveis, tendo perto de 50% da dívida no banco central. Em sentido inverso encontra-se a Islândia, que é o país menos vulnerável às subidas de juros, não tendo praticamente obrigações no balanço do banco central.
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