Se queres ter um plano B para quando as despesas são maiores, descobre aqui como criar um fundo de emergência.
Comentários: 0
Criar fundo de emergência
Freepik

O futuro é incerto. Todos sabemos disso. Embora haja sempre esperança em acontecimentos que tenham impacto positivo na nossa vida, será sempre sensato ter um plano B

A criação de um fundo de emergência pessoal permite-nos acautelar imprevistos financeiros. Os imponderáveis não são previsíveis. No entanto, no orçamento familiar mensal, não basta gerir ganhos e controlar despesas. É necessário ter um valor de parte que permita fazer face a um imprevisto, como um problema de saúde, uma situação de desemprego, uma reparação do carro, entre outras possibilidades. 

Idealmente, não se deve necessitar de pedir um empréstimo, que implica gastos maiores. É bem melhor ter preparado um reforço financeiro como solução.

O que é um fundo de emergência?

Ter um plano para diferentes contextos é benéfico. Quando há um fogo na casa, ter um extintor ajuda a combater o problema rapidamente, impedindo que o fogo se alastre pela habitação. Quando se passeia de barco e se cai acidentalmente, convém ter um colete salva-vidas vestido e uma boia na mão. São elementos que nos ajudam a mantermo-nos à tona. 

Ora, um fundo de emergência permite-nos ter a capacidade de gerir melhor uma situação delicada. Trata-se daquilo a que o povo chama de “pé de meia”, um valor reservado exclusivamente para resolver um problema, como a necessidade de comprar um eletrodoméstico, reparar um carro,... 

Assim, o fundo de emergência revela-se uma almofada financeira que atua como um extintor, uma boia ou um colete salva-vidas, num momento de aflição.

Poupar para fundo de emergência
Freepik

Quais as principais razões para se criar um fundo de emergência?

Fazer a gestão das finanças pessoais é um desafio exigente. Criar um plano B e ser prudente, reservando uma quantia extra que permita ter como atuar em contextos financeiros mais delicados, é aconselhável. 

Vantagens de ter um fundo de emergência
Freepik

Ter um fundo de emergência é importante por várias razões, nomeadamente:

1. Lidar com contratempos financeiros

Todos podemos ter de lidar com um imprevisto. Ter um fundo de emergência permite fazer face a despesas inesperadas. Viver implica lidar com incertezas. Por vezes, as mudanças implicam custos não programados. 

Por isso, ter um valor de parte permite assumir esses gastos urgentes, sem prejudicar o orçamento familiar. Recomenda-se que se reavaliem as despesas e se identifique onde se pode poupar. Posteriormente, canaliza esses valores para a criação de uma reserva financeira.

2. Gerir melhor o orçamento familiar

É fundamental dominar com precisão os gastos e ganhos. Para se terem as finanças equilibradas, devemos saber como o dinheiro circula, de onde vem e para onde vai. 

É essencial saber organizar bem todos os movimentos para se fazer uma boa gestão orçamental. Para se conseguir ir aumentando o fundo de emergência, é necessário acompanhar o orçamento com regularidade e fazer um ajuste das necessidades ao esforço de poupança.

3. Estabelecer rotinas de poupança

Para mostrares que estás verdadeiramente comprometido com a constituição de um fundo de emergência, deves fazer uma mudança de hábitos e adotar comportamentos distintos para concretizar um plano de poupança

É importante identificares as estratégias que te permitam ter sucesso nas metas financeiras criadas. Convém teres noção de que todas as decisões de consumo diárias interferem, aproximando-te ou afastando-te dos objetivos.

4. Impedir o endividamento

É importante ter o “mindset” direcionado para a poupança. A organização orçamental deve evitar o recurso ao crédito ou, pelo menos, fazer um uso mais ponderado do mesmo. Ter uma reserva financeira permite por si só fazer face às despesas imprevistas, o que evita os juros elevados dos empréstimos e, por consequência, o endividamento.

5. Reassumir o controlo do dinheiro

Ter uma boa organização das finanças e saber fazer uma redefinição de prioridades e de metas financeiras é fundamental. É necessário saberes onde podes poupar e assumires o controlo do teu dinheiro. Desta forma, com um orçamento familiar realista, conseguirás obter um fundo de emergência.

Como criar um fundo de emergência?

Canalizar o dinheiro para um fundo de emergência permite-nos ter uma almofada financeira. No entanto, esse dinheiro não deve ficar numa conta à ordem, pois deves fazer por evitar cair na tentação de o gastar. 

Por isso, deves optar por guardá-lo em produtos com pouco risco ou nenhum, em produtos que sejam de fácil acesso e sem penalizações de remuneração, de reembolso antecipado ou de liquidez. 

O teu objetivo com o fundo não é gerar dinheiro, mas usá-lo no imediato perante uma necessidade urgente. Idealmente, deves ter o fundo numa conta-poupança

Preparar um fundo de emergência
Freepik

Quando se deve ter um fundo de emergência?

Os especialistas em finanças recomendam ter um fundo de emergência para fazer face a qualquer despesa que surja de forma inesperada e que possa criar um impacto direto no orçamento familiar. 

Há vários cenários em que ter um fundo de emergência se revela precioso. Há vários imprevistos que podem acontecer na vida que podem ser resolvidos com recurso a esta almofada financeira.

Entre as circunstâncias extraordinárias, podemos identificar dezenas, como o desemprego, as despesas inesperadas com uma doença, a necessidade de mudar de casa, de realizar obras na habitação, de reparar uma avaria no carro, de lidar com uma redução abrupta de rendimentos,... 

Neste contexto, ter um uma reserva financeira ajuda a minimizar o impacto dessa despesa imprevista no orçamento familiar. Neste sentido, todas as famílias deviam ter o seu fundo de emergência.

Qual o valor que se deve ter num fundo de emergência?

É importante estabelecer uma meta de poupança no processo de fazer um fundo de emergência, definindo à partida quanto dinheiro julgas que deves ter como almofada financeira. 

Não há um valor certo para se ter de fundo de emergência. Há vários fatores que se devem ter em conta. Este fundo não é um investimento. Deve ser encarado como uma espécie de seguro. 

Segundo os especialistas, o seu valor mínimo deve ser equivalente a 6 meses de despesas. De acordo com os peritos em finanças pessoais, devemos analisar as despesas mensais fixas e variáveis. Se elas totalizarem 1.000€ mensais, então, calculando os 6 meses, devemos ter um fundo de emergência de, pelo menos, 6.000€.

Dica de especialista

O valor estimado é significativo. Por isso, pode ser impossível colocar de parte essa quantia. Na criação de um plano, podes colocar uma percentagem mensal de parte. Para a tarefa não ser tão complicada, podes ter a estratégia de mensalmente colocares 5% ou 10% do teu ordenado de parte

O valor pode variar de caso para caso, consoante os gastos que se tem. Uma estratégia distinta consiste em reforçar essa poupança com os subsídios de férias e de Natal ou com prémios do trabalho.

Dicas para ter fundo de emergência
Freepik

O que importa reter…

O objetivo do fundo de emergência é assegurar uma poupança que se espera não usar, mas ter disponível em caso de emergência. Ter o valor disponível pode ser tentador, nomeadamente quando se sonha com umas férias num destino paradisíaco ou com um carro novo. 

No entanto, ter uma almofada financeira assegura uma tranquilidade insubstituível, que fará com que possas dormir mais descansado. Desta forma, conseguirás evitar o stress que ocorre em contextos de despesas asfixiantes…

O fundo de emergência não visa rentabilizar. Por isso, serve para guardar e usar em caso de necessidade súbita. Logo, a poupança para emergências deve estar disponível, com facilidade de movimentação. 

Perante um incêndio, o extintor deve estar por perto para usar no imediato. A boia deve estar à mão quando há necessidade de ir à água. E o fundo de emergência funciona como um colete salva-vidas ou, melhor dizendo, um colete “salva-dívidas”…

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta