A consolidação orçamental entre o primeiro semestre de 2013 e o mesmo período deste ano continua assente na receita. Os impostos foram decisivos na contenção do défice, que mesmo assim aumentou. A cada residente em Portugal corresponde, em média, mais 74 euros em impostos. Nos primeiros seis meses do ano, a fatura do IRS subiu 43 euros.
Tendo por base os números do Ministério das Finanças, divulgados esta quarta-feira no boletim da execução orçamental até junho, houve um “aumento expressivo” na carga de impostos, segundo os termos do próprio Governo. “A receita fiscal líquida acumulada do Estado ascendeu a 17.129 milhões de euros, o que representa um aumento expressivo de 711 milhões face ao montante cobrado em igual período de 2013”. Esta subida de 4,3% “supera o objetivo inscrito no Orçamento do Estado”, lê-se no documento.
De acordo com as contas do Dinheiro Vivo, realizadas tendo por base a receita fiscal dividida pela população residente, houve um aumento persistente dos impostos per capita no primeiro semestre. E idem no período da Troika, desde que o Governo entrou em funções (julho de 2011).
Entre janeiro e junho deste ano, o fisco conseguiu tirar, em média, mais 74 euros por pessoa. O valor acumulado em impostos de janeiro a junho de 2013 foi 1.570 euros percapita, sendo que em junho de 2014 foi 1.644 euros.
No IRS aconteceu o mesmo fenómeno, com as Finanças a irem buscar mais 43 euros por residente. O total cobrado chegou agora a 527 euros.
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