
É inevitável. O Banco Espírito Santo (BES) vai ter de realizar um aumento de capital entre 1.500 e 3.000 milhões de euros para acomodar o impato do colapso do Grupo Espírito Santo (GES) e de outras alegadas irregularidades cometidas sob a gestão danosa de Ricardo Salgado.
Depois de fugir da Troika, quando os outros grandes bancos a operar em Portugal recorreram a fundos públicos nacionais e internacionais para se recapitalizarem, agora o BES tem mesmo que pedir ajuda. Ainda não é, porém, todavia claro se o aumento de capital será garantido pela linha de recapitalização destinada à banca ou por fundos privados.
Mas o Governo, segundo o Jornal de Negócios, já assegurou junto do Banco Central Europeu (BCE) que há 6.400 milhões disponíveis para ajudar recapitalização do BES e o novo presidente do banco, Vítor Bento, garantiu que têm havido manifestações de interesse de atuais acionistas e outros investidores em acudir ao futuro aumento de capital.
O Banco de Portugal veio entretanto dizer que admite que possa ter havido a prática de crimes no BES. Num comunicado emitido sobre o prejuízo semestral histórico, o regulador indica que poderão ter havido ilícitos praticados pela gestão de Ricardo Salgado. Caso se confirmem, "serão extraídas as necessárias consequências em matéria contraordenacional e, porventura, criminal".
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