Comentários: 0
Combustíveis simples em vigor a partir de dia 17. Será que vão ser mais baratos?

Os combustíveis simples, ou não aditivadossupostamente mais baratos –, chegam ao mercado dia 17, depois do Governo ter aprovado um diploma, em janeiro, que obriga todos os postos do país a vender este tipo de combustíveis. Mas será que os preços vão mesmo ser mais baratos? Tudo indica que sim, mas ainda assim mais caros que os que estão à venda nos super e nos hipermercados.

Segundo o Dinheiro Vivo (DV), na Galp na Estrada da Luz, em Lisboa, quatro das oito mangueiras estão fechadas a cadeado e fora de serviço. “É aqui que vão pôr o combustível simples, ou não aditivado, que a nova lei obriga a vender. Antes estava aqui o GForce [o produto mais caro da marca]”, contou um dos empregados do posto.

Apoiando-se em alguns agentes do mercado, a publicação escreve que alguns agentes do mercado suspeitam que os combustíveis simples que a Galp, BP, Repsol e Cepsa vão passar a vender serão mais caros que os que estão à venda nos super e nos hipermercados, mesmo sendo exatamente o mesmo produto e custando uns oito a 12 cêntimos a menos que os produtos normais.

Este combustível simples mais não é que aquele que sai diretamente da refinaria”, diz a Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis (ENMC). Ou seja, é o combustível que todas as marcas, incluindo os super e hipers, compram à Galp e que depois aditivam ou não.

A justificar a suspeita dos agentes do mercado, incluindo do próprio Governo, está o facto de a maior parte das gasolineiras ter decidido retirar os produtos mais caros, ou seja, os mais aditivados, para vender os simples, adianta o DV. 

Além disso, estas grandes marcas têm descontos associados a outras empresas. Por exemplo, a BP dá descontos a quem faz compras no Pingo Doce, a Repsol no El Corte Inglès, a Galp a quem tem cartão Continente e a Cepsa a quem tem um cartão da Deco. Parcerias que significam um desconto máximo de 12 cêntimos, o mesmo que têm os combustíveis dos super e hipermercados, mas as poupanças médias são de seis cêntimos. 

Recentemente, o responsável da Deco para a área da energia, Vítor Machado, disse que os preços dos combustíveis simples devem “oscilar entre os dos hipermercados e os normais”, mas que devem “estar mais próximos dos normais”.

Conformando-se este cenário, João Durão, presidente da ANAREC, deverá contestar, porque o objetivo da lei era que “os combustíveis simples e mais baratos chegassem a mais pessoas e, por isso, estivessem disponíveis em todas as bombas”.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta