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Qual será afinal o salário mínimo nacional a partir de 2016? O PS resistiu e propõe 530 euros o BE aceitou um aumento gradual e o PCP decidiu travar a sua luta no Parlamento e continua a exigir uma subida para os 600 euros, deixando os socialistas pressionados na concertação social. O Governo está disposto a dialogar com os parceiros, mas avisou que a falta de um acordo não impedirá o Executivo de legislar.

Segundo o Diário Económico, hoje, na primeira reunião da concertação social, António Costa e o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, chegam à mesa das negociações com sindicatos e patrões já com uma proposta pré-definida para a atualização do salário mínimo: passar dos 505 euros atuais para 530 euros em 2016, subindo depois para 557 euros em 2017, 580 euros em 2018 e atingindo os 600 euros apenas em 2019. No entanto, no Parlamento, o PCP, um dos partidos com quem Costa tem um acordo de viabilização do Governo, apresentou um projeto de resolução onde insiste nos 600 euros já no próximo ano, uma reivindicação igual à da CGTP.

“O PCP assumiu um compromisso eleitoral de propor um aumento do salário mínimo para 600 euros, no dia 1 de janeiro de 2016. Sabemos que o PS incorporou no seu programa de Governo uma outra perspetiva que aponta para que esse valor seja atingido apenas em 2019”, disse o líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira.

No fundo, mesmo que na concertação se discuta os 530 euros, o PCP quer garantir que o tema será discutido no plenário da Assembleia da República, por forma a marcar a sua posição. Essa discussão promete deixar vincadas as diferenças entre PS, BE e PCP nesta matéria, escreve a publicação, salientando que politicamente não é expectável que as divergências provoquem qualquer rutura no apoio dado ao primeiro-ministro.

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