
O ex-presidente do Benfica, Manuel Damásio, vendeu uma moradia de luxo na Quinta da Marinha, entre outros bens, para fugir a eventuais penhoras do Novo Banco, devido a uma dívida de quatro milhões de euros, que vinha dos tempos do antigo BES. Este negócio foi feito através de uma sociedade offshore com sede no Chipre e foi admitido pelo próprio empresário ao Ministério Público.
Damásio terá feito estas declarações durante o primeiro interrogatório no âmbito do processo Rota do Atlântico, onde é arguido, juntamente com José Veiga e Paulo Santana Lopes, segundo noticia o Correio da Manhã.
A moradia na Quinta da Marinha era indicada pelo empresário como residência em várias empresas e, segundo o jornal, estava avaliada em cerca de oito milhões de euros, mas terá sido vendido, em maio de 2015, por 4,5 milhões.
De acordo com a escritura, a que o CM teve acesso, o imóvel estava em nome de uma imobiliária, a MDG Lda, cujo sócio-gerente é Manuel Damásio. E terá sido o próprio ex-presidente do Benfica que representou a empresa no negócio com a sociedade Marginef Investments, Ltd, com sede no Chipre, e cujos beneficiários são desconhecidos.
O ex-ministro Miguel Relvas, diz ainda o diário, foi apanhado na operação Rota do Atlântico. Apesar de não ter sido constituído arguido, o seu nome consta da lista de proibição de contactos dos arguidos. Em 2015, foi apresentado por Damásio a José Veiga, a quem se terá oferecido para ajudar na compra do Banco Internacional de Cabo Verde.
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