Comentários: 0

"O Governo cedeu a lóbi dos grandes grupos económicos e está a lançar uma ofensiva fiscal sem precedentes contra os proprietários e a classe média, com o agravamento do imposto Mortágua". É desta forma que reage a Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) as alterações do adicional ao IMI, que penalizam a habitação e beneficiam as empresas.

Estimando que "os impostos sobre o património vão sofrer um aumento marginal que pode variar entre os 300% e os 433%", a ALP promete "recorrer a todas as instâncias, nacionais e internacionais para travar esta perseguição fiscal injustificada e sem tréguas aos proprietários de imóveis habitacionais".

No entender da associação presidida por Luís Menezes Leitão, com estas medidas o "Governo vai matar o mercado de arrendamento em Portugal e criar crise no imobiliário e na habitação sem precedentes, ao prosseguir com o ataque sem tréguas sobre os proprietários urbanos".

Taxa duplica para habitação

Na passada sexta-feira, durante a apresentação das propostas de alteração ao Orçamento do Estado na especialidade, o ministro das Finanças, Mário Centeno, deu a conhecer que o setor do comércio e dos serviços, à semelhança do turismo e indústria, passa a estar isento do pagamento do novo imposto, ao contrário do que constava da proposta de Orçamento do Estado para 2017, que foi aprovada na generalidade no passado dia 4 de novembro.

O deputado do PS, João Paulo Correia, veio depois explicar que a perda de receita resultante dessa isenção vai ser compensada com um agravamento da taxa inicial prevista de 0,3% para 0,7% no caso dos imóveis residenciais. Ficou ainda a saber-se que o “imposto Mortágua” passa a ser progressivo, chegando ao 1% para patrimónios globais com valor patrimonial tributário acima de um milhão de euros. 

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta