As “big for” da autoria e consultoria – KPMG, EY, PwC e Deloitte – arrecadam milhões de euros, todos os anos, por serviços de assessoria prestados à Comissão Europeia. Só em 2016, as multinacionais ganharam contratos de oito milhões de euros da Direção-Geral de Fiscalidade e União Aduaneira para realizarem estudos sobre várias questões fiscais.
Já em janeiro deste ano, PwC, Deloitte e KPMG auferiram 10,5 milhões de euros para a realização de estudos comparativos. Em 2014, igual retrato, altura em que outros sete milhões de euros foram adjudicados pela Direção-Geral de Fiscalidade à PwC, Deloitte e EY para estudos e análises comparativas de várias jurisdições fiscais europeias, escreve o Financial Times.
O jornal britânico fala em “conflitos de interesse”, já que as gigantes prestam aconselhamento fiscal a diversas empresas, muitas delas identificadas em investigações como o Lux Leaks, os Panama Papers ou os Paradise Leaks.
“Quem fica a fazer figura de parvo é a Comissão Europeia. Deviam fazer melhor que convidar as raposas para conhecer as medidas de segurança do galinheiro”, afirmou o professor Karthik Ramanna, da Universidade de Oxford, citado pela publicação.
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