Até agora e depois de mais de uma década de investigações, a Operação Furacão soma 792 arguidos, 164 inquéritos instaurados, 160 pessoas acusadas pelo Ministério Público (MP) e 180 milhões de euros recuperados pelo Estado. Em causa estão os dados do balanço da operação feito pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
Em oito desses 792 processos (489 pessoas singulares e 303 pessoas coletivas) foram deduzidas acusações, tendo sido acusados 160 arguidos (116 pessoas singulares e 44 pessoas coletivas), resume a Lusa.
O DCIAP refere que, na última investigação, foram recolhidas provas que indiciavam a prática de crime de fraude fiscal qualificada.
O MP, ainda assim, considerou que estavam reunidos os requisitos para a suspensão provisória do processo, e propôs que seis arguidos pagassem 450.000 euros, quantia correspondente à reparação do prejuízo gerado, devido a vantagens fiscais ilegítimas.
A suspensão provisória do processo aplicada a uma centena e meia de inquéritos permite o pagamento pelos arguidos das quantias em falta, "tendo o DCIAP contabilizado cerca de 180 milhões de euros recuperados", lê-se no documento, citado pela Lusa.
A Operação Furacão teve início em finais de 2005 com a realização de buscas a várias entidades bancárias (BES, BCP, BPN e Finibanco) e a descoberta de transferências que indiciavam a prática de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, envolvendo pessoas e empresas portuguesas, muitas delas utilizando paraísos fiscais (“offshores”) e outros mecanismos para fugir ao fisco.
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