Os bancos portugueses ainda estão a tentar escoar o “stock” de imóveis que têm em carteira, a maioria deles proveniente de famílias que entraram em incumprimento. No final de junho, Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, Novo Banco, Santander Totta, BPI e Montepio Geral — os seis maiores bancos nacionais – tinham imóveis avaliados em mais de 5,5 mil milhões de euros.
Mais de um terço desse valor pertence ao Novo Banco, cuja carteira estava avaliada no final do primeiro semestre em perto de dois mil milhões de euros, correspondentes a 35% do valor global, escreve o ECO. Segue-se o BCP, com uma carteira avaliada em 1.664 milhões de euros. Foi aquele que mais conseguiu reduzir o “stock” no primeiro semestre do ano, mais concretamente 118 milhões de euros.
O BPI conseguiu reduzir a carteira de imóveis 15%, cerca de 12,3 milhões, tendo agora 67,7 milhões em "stock". O Santander Totta conseguiu baixar 12%, cerca 15,4 milhões de euros, para 113 milhões, e o Montepio Geral 1%, nomeadamente 8,4 milhões de euros, reduzindo o peso da carteira para os 789 milhões de euros.
A CGD foi a única instituição que não conseguiu reduzir o “stock” na primeira metade do ano. Tinha em junho uma carteira avaliada em 976 milhões de euros, a terceira maior do universo destes seis bancos.
Ainda assim, e feitas as contas, o saldo global é positivo, uma vez que a carteira de imóveis dos seis bancos foi reduzida 147 milhões de euros, um montante que representa 2,6% face aos 5.680 milhões de euros que possuíam em dezembro do ano passado.
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