
Os herdeiros do colecionador Jorge de Brito, proprietários de seis quadros de Vieira da Silva que se encontram no museu da pintora em Lisboa, chegaram a acordo com o Estado, para trocar as obras por terrenos. Os quadros estão avaliados em 6,6 milhões de euros.
As obras tinham sido emprestadas ao museu, num acordo de cedência que terminou no final de 2015, e, desde então, os proprietários entraram em negociações com o novo Governo, explica a Lusa.
"Nós aceitámos uma proposta na última reunião, que teve lugar no dia 01 de março", indica João de Brito, um dos herdeiros do colecionador Jorge de Brito, citado pela agência de notícias a propósito da última proposta apresentada pelo Estado.
Agora falta determinar a localização e o tipo de terreno. "O Governo está a analisar questões internas para decidir como efetivar a operação que foi proposta", disse ainda João de Brito à Lusa, acrescentando que o Ministério da Cultura (ainda no tempo de João Soares como ministro) tinha indicado que, para isso, precisava "cerca de um mês".
O acordo de cedência das seis obras, pelos herdeiros, à Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva (FASVS), válido por cinco anos, terminou no final de dezembro de 2015, e os herdeiros tinham indicado, na altura, à Lusa, a intenção de vender as obras em leilão, caso não houvesse disponibilidade do Estado para a aquisição das pinturas.
As seis pinturas em causa - "Novembre" (1958), "La Mer" (1961), "Au fur et à mesure" (1965), "L'Esplanade" (1967), "New Amsterdam I" e "New Amsterdam II" (1970) - estão expostas em conjunto, numa sala do Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva.
A Fundação Vieira da Silva foi criada em 1994 e, na altura, o colecionador Jorge de Brito (1927-2006) - que reuniu uma das mais importantes coleções nacionais de arte da segunda metade do século XX - depositou ali 22 obras da pintora, a título de empréstimo.
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