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Espaço fotografado pelo Público.

A venda dos terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos, parece estar enguiçada. Depois de não ter havido interessados na primeira hasta pública – o prazo fixado pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) terminou dia 19 de outubro e a autarquia não recebeu propostas –, foi definido um novo prazo para entrega de candidaturas, dia 2 de dezembro. A autarquia revelou, entretanto, que voltou a não receber propostas.  

“O prazo para apresentação de propostas para a hasta pública de alienação dos terrenos da antiga Feira Popular terminou às 17 horas do dia de hoje [ontem, dia 2 de dezembro]. Dentro do referido prazo não foi recebida qualquer proposta de acordo com os requisitos definidos”, informou a autarquia em comunicado.

Recorde-se que os antigos terrenos da Feira Popular iriam novamente a hasta pública hoje (dia 3) por um valor base de 135,7 milhões de euros caso a CML tivesse recebido propostas.

Segundo a autarquia, foram no entanto recebidas “três manifestações de interesse firmes e fundamentadas, por parte de investidores devidamente identificados, com solicitação da prorrogação do prazo para entrega de candidaturas que estão ainda a ser desenvolvidas”.

A CML revela agora que vai “avaliar os pedidos” e que “anunciará em breve a decisão sobre o seguimento do processo”.

Luís Lima diz que “não é o momento propício” para vender

O presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, considerou que esta pode não ser a altura indicada para vender os terrenos da antiga Feira Popular. “Acho que o momento não é o momento propício. É um momento de incerteza política, de algum sobressalto. Os chamados investidores internacionais, até pela dimensão deste investimento, estão um pouco retraídos”, disse.

De acordo com o responsável, que falava à agência Lusa antes da CML ter informado que não tinha recebido propostas, a autarquia deve “chamar algumas entidades e personalidades […] e talvez colocar isto de uma maneira completamente diferente”. “Há uma grande oferta no projeto para não habitacional e eu […] não sei se será o melhor”, referiu, salientando que “se fosse o dono do projeto orientava-o para [o uso] habitacional, onde há grande procura”.

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