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Com uma liquidez de 20 milhões de euros após a venda de 14 empresas, Ricardo Kendall, em 2015 decidiu dar uma volta à sua vida empresarial e apostar na área do imobiliário de rendimento, mais precisamente no arrendamento de microapartamentos. Num ano e meio, e depois de ir buscar inspiração lá fora, o fundador da rede de oficinas Midas Portugal e de cadeias de moda como a Accessorize ou Mr. Blue, já investiu perto de 10 milhões de euros na marca Smart Studios, com a qual quer ser líder destacado deste nicho de mercado.

Em causa estão pequenos estúdios com 15 metros quadrados (m2) com casa de banho e kitchenette, destinados a pessoas que vivem sozinhas, ou em trânsito, por uma cidade e vocacionados para arrendamentos superiores a seis meses. 

A marca Smart Studios, segundo noticia o Expresso, conta com quatro empreendimentos (dois em exploração) e 200 apartamentos e ambiciona atingir as mil unidades para se tornar líder destacado deste nicho de mercado. 

Para ganhar experiência e testar o negócio, a empresa arrancou em Coimbra com um investimento de 2 milhões de euros na compra de um edifício com 40 estúdios, que já funcionava segundo o modelo que o empreendedor idealizara, perto de hospitais e escolas.

Aposta em Lisboa

Mas o foco da Smart Studios é Lisboa, onde começou a operar com um projeto em Campolide, onde adaptou um edifício municipal para acolher 30 apartamentos. Neste caso, com a remodelação, o investimento ronda os 1,6 milhões. 

A operação de maior fôlego, de acordo com o que escreve ainda o semanário, centra-se na Ajuda, recuperando um bairro fabril e três prédios em altura que negociou com o BPI. Após as obras em curso, serão 90 estúdios e um investimento de 3,2 milhões.

A última aquisição, concretizada em dezembro de 2016, será porém a a primeira a chegar ao mercado. Na zona das Laranjeiras, a curta distância da Universidade Católica, um antigo palacete foi transformado num hostel. O promotor não chegou a abrir o espaço e Ricardo comprou-o. Após ligeiras adaptações, como uma segunda cozinha e esplanada, o espaço evoluiu para 53 estúdios, alguns dos quais duplos. 

Nesta fase, a prioridade de Ricardo Kendall “é concentrar esforços em Lisboa, por ser mais rentável e evitar a dispersão, criando volume e desenvolvendo a marca”. O promotor, citado pelo jornal, diz que segue dois projetos que se se concretizarem, representam mais 500 unidades, conduzindo a rede a uma nova dimensão. 

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