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Real Douro compra antigo colégio Almeida Garrett no Porto por 6,1 milhões
Universidade do Porto wikimedia_commons

A promotora e gestora imobiliária Real Douro comprou em hasta pública o antigo colégio Almeida Garrett à Universidade do Porto (UP) por 6,1 milhões de euros, depois da instituição ter lançado o concurso público no verão.

"A concretização da venda está ainda em tramitação processual", disse fonte oficial da UP à Lusa, adiantando que a escritura pública está prevista para janeiro. De acordo com o anúncio de concurso público que foi publicado em 29 de junho no Diário da República, a "alienação ou concessão do direito de superfície do prédio designado ex-colégio Almeida Garrett" tinha como preço base 4,768 milhões de euros.

Segundo a Lusa, a UP definiu como critérios de adjudicação "a proposta economicamente mais vantajosa" ou o preço mais elevado, em caso de venda.

O antigo colégio localiza-se no centro histórico do Porto, com entrada pela Praça Coronel Pacheco, estando inserido num terreno com uma área total de 8.520 metros quadrados (m2) – o equivalente a oito campos de futebol. A UP justificou a venda pela necessidade de reinvestir na reabilitação das suas faculdades, residências e estruturas corporativas.  

Depois da venda, a polémica

Ainda assim a transação não está a gerar consensos, levando muitas vozes da esfera política a manifestarem-se contra a mesma, de que é exemplo o vereador socialista da Câmara do Porto, Manuel Pizarro. O vereador anunciou que iria escrever a Rui Moreira, presidente da autarquia, para saber se a mesma foi consultada sobre a venda do ex-Colégio à Real Douro, defendendo a sua aquisição pela Câmara do Porto ao preço da licitação para ser transformado num espaço público, avança o Expresso.

A decisão de alienar o colégio, segundo a mesma publicação, também já foi contestada pela vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, que quer saber se a autarquia teve oportunidade de exercer o direito de preferência, acreditando que o antigo colégio deveria ser colocado ao serviço da cidade. Uma posição também defendida pelo BE, para quem o Porto “não precisa de mais um hotel”. Os bloquistas referem ainda que à “UP cabe zelar pelos equipamentos ao dispor dos seus alunos e não ser um agente imobiliário”.

A Câmara do Porto informou, entretanto, que “não poderia exercer direito de preferência por não se tratar de um edifício protegido” ou ao abrigo de uma Operação de Reabilitação Urbana.

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