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Desde 2015 que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) está a tentar alienar os terrenos da antiga Feira Popular. A tarefa de encontrar comprador não está fácil, e a Câmara está a ponderar nova solução. O objetivo agora é o de tentar vender o terreno por lotes, ao invés de lançar nova hasta pública por todo o espaço, situação que poderá afastar, ainda assim, alguns interessados.

Se este cenário se vier a confirmar, a CML terá de dar início a um processo de loteamento, isto é, dividir o espaço em partes e definir o que o comprador poderá construir em cada uma delas e ainda o preço a que seriam vendidas. Uma solução que, segundo escreve o jornal Expresso, irá alterar aquilo que estava definido até agora para toda a área, nomeadamente a necessidade de a superfície destinada ao comércio não poder ser superior a 25% e a da habitação não poder ser inferior a 25% nem exceder 35% da superfície total. E mais: estava estipulado que 30% do terreno teria de ser, obrigatoriamente, de área verde.

Quer isto dizer que só depois de terminado o processo de loteamento, que pode levar alguns meses, é que a CML poderá voltar a fazer nova hasta pública dos lotes, que até poderão ser todos comprados pelo mesmo investidor. Esta hasta pública teria, ainda assim, de ser aprovada pela Assembleia Municipal, que teria de pedir uma audição pública aos moradores da zona. Se a autarquia avançar com esta solução, o processo de venda irá derrapar para o final deste ano ou início do próximo.

O novo método de venda poderá, contudo, afastar alguns investidores. Segundo a publicação, a Fidelidade e a IKEA, que se tinham juntado para concorrer à venda do terreno, não deverão participar se houver loteamento.

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