Em causa estão 16 hectares de terra do Estado, numa herdade cedida à Câmara de Idanha-a-Nova.
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Terreno polémico em Idanha-a-Nova
Imagem de Nuno Tuna por Pixabay

Conceição Morão é médica anestesista reformada e está casada com Joaquim Morão, um histórico autarca e membro da Comissão Política Nacional do PS. Em 2014, ficou na posse de 16 hectares de terras do Estado – numa herdade com mais de 550 hectares cedida à Câmara de Idanha-a-Nova – destinadas, em primeiro lugar, a jovens agricultores. Recebeu, na altura, mais de 63 mil euros em subsídios. Agora, seis anos depois, o terreno está praticamente abandonado.

Segundo o Público, ser jovem agricultor não era o único critério de seleção dos candidatos aos terrenos do Couto da Várzea, apesar de ser o critério mais importante – ser desempregado era, por seu turno, um fator de preferência. Não era o caso de Conceição Morão, escreve o Público, salientando que o terreno que “herdou” tinha uma renda particularmente atrativa, tendo lá plantado um pomar de 19 mil figueiras-da Índia.

Atualmente, em vez de uma plantação a produzir mais de 220 toneladas de figo-da-Índia – como se previa na candidatura aprovada pelo Programa de Desenvolvimento Regional (PDR) –, existem no local catos pouco desenvolvidos. E mais: em grande parte do terreno não há sinais de alguma vez ali ter sido feita uma plantação, escreve a publicação.

Citada pelo jornal, Conceição Morão desmentiu que a propriedade esteja “praticamente ao abandono”, acrescentando que “os técnicos do IFAP [Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas] fizeram várias visitas de campo à propriedade e tudo sempre encontraram em conformidade”. 

O IFAP, porém, adiantou, através do seu Gabinete de Planeamento Estratégico, que “o relatório e conclusões da visita de verificação física à plantação ainda está a ser finalizado”, não tendo ainda sido “comunicado ao promotor qualquer consideração a esse respeito”.

Já a Câmara de Idanha-a-Nova frisou, também citada pelo Público, que a exploração da promotora Conceição Morão “nunca esteve ao abandono”.

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