Hotel SANA Palace vai nascer na Avenida Fontes Pereira de Melo, nos edifícios onde estão os grafítis de Os Gémeos, Blu & Sam3.
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Quem passa na Avenida Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, não fica indiferente aos três edifícios onde estão os grafítis de Os Gémeos, Blu & Sam3. No local vai nascer o futuro hotel SANA Palace, mas este é um processo envolto em polémica. Inicialmente, a Azipalace, Investimentos Turísticos S.A., que detém o grupo SANA, submeteu um projeto na Câmara Municipal de Lisboa (CML) assinado por Souto de Moura, que não recebeu luz verde. No verão de 2021, a empresa voltou, no entanto, a apresentar um novo projeto, desta feita da autoria do arquiteto Frederico Valsassina, que deverá sair do papel em breve. 

Citada pelo Jornal de Negócios, a CML revelou que o novo projeto imobiliário “foi aprovado, em reunião de câmara realizada a 30 de julho de 2021”, estando o processo “neste momento em fase de apreciação dos projetos de especialidades”, pelo que deverá receber a luz verde para que possa ser dado início às obras.

De acordo com a autarquia, o projeto de Frederico Valsassina “visa a conservação e reabilitação dos três edifícios existentes, com manutenção das fachadas”. E mais: será respeitado o “número de pisos” acima do solo, estando ainda prevista a “reconstrução da cobertura”.

Construção de hotéis em Lisboa
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O anterior projeto, assinado pelo atelier de Souto de Moura, previa a “demolição total do edificado”, tendo este sido o principal fator para a CML ter dado parecer desfavorável. De recordar que o conjunto de imóveis em causa integram a Lista de bens da Carta Municipal do Património Edificado e Paisagístico, escreve a publicação. 

Com o parecer desfavorável do anterior projeto, o SANA Palace vê revogada a utilidade turística prévia proposta pelo Turismo de Portugal e atribuída pela secretária de Estado do Turismo. Este estatuto atribuído à Azipalace a 15 de dezembro de 2017 permitiu à empresa, desde então e de acordo com a lei, a isenção do pagamento do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e do Imposto do Selo.

Fonte oficial do SANA adiantou ao Jornal de Negócios que a Azipalace será agora “notificada pela Autoridade Tributária para proceder ao pagamento de impostos que haviam ficado suspensos em virtude da atribuição da utilidade turística”. Segundo a mesma fonte, “após o pagamento, a garantia bancária de que é beneficiário o Turismo de Portugal, I.P. será cancelada”. 

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