O processo de venda do chamado Projeto Crow está enguiçado. Trata-se de uma carteira que incluía inicialmente 30 ativos, sobretudo hotéis distribuídos em vários pontos do país, assim como terrenos e centros comerciais, e que foi, entretanto, encurtada. O problema parece estar precisamente nos sete ativos que ficaram de fora. O vencedor da corrida ao referido portfólio de hotéis de luxo do fundo de capital de risco ECS foi, recorde-se, a Davidson Kempner (DK) Partners, mas o fecho da venda está parado, devido a divergências entre os bancos envolvidos sobre o destino a dar aos ativos que deixaram de integrar o Projeto Crow.
Segundo o Jornal Económico, os bancos que detém as unidades de participação dos fundos da ECS assinaram um acordo com a DK Partners, mas o processo parou. A CGD e o BCP queriam criar um “fundo espelho” para ficar com os ativos que ficaram de fora do processo de venda, mas o Novobanco optou por uma repartição dos ativos imobiliários que deixaram de integrar o Projeto Crow pelos bancos.
A publicação escreve que ainda não há uma solução definitiva, mas refere, citando fontes do setor, que a opção defendida pelo Novobanco poderá ser a final, ou seja, que haja uma repartição de alguns dos ativos sobrantes pelos três bancos: CGD, Novobanco e BCP. Uma solução que não resolve, no entanto, o problema de todos os imóveis que ficam de fora do portfólio, que tem um Net Asset Value (NAV) – valor líquido – de 200 milhões de euros.
Estes foram os sete imóveis que saíram do portfólio inicial do Projeto Crow:
- Condomínio Jardins de Birre;
 - Pestana Colombo, em Porto Santo;
 - Herdade da Barrosinha, em Alcácer do Sal;
 - Terrenos de Coimbra;
 - Quinta dos Clérigos;
 - Morgado Golf & Country Club;
 - Lago Montargil & Villas”, no Alentejo.
 
O Jornal Económico escreve que CGD, BCP e Novobanco já escolheram, desta lista, com quais querem ficar, mas ainda há imóveis que não têm destino definido.
Por outro lado, entre os ativos que integram o Projeto Crow, e que passarão para as mãos da DK Partners, está o Palácio do Governador, além de outros hotéis da marca NAU, e os hotéis de luxo Conrad Algarve e Cascatas Golf & Resort Spa, da Hilton.
De recordar que os maiores acionistas dos fundos da ECS – Sociedade Gestora são o BCP, a CGD e o Novobanco, sendo que o Santander Totta e a Oitante também detêm unidades de participação.
O processo de venda do Projecto Crow envolve a alienação de dois fundos de recuperação detentores de propriedades hoteleiras em Portugal, bem como de alguns terrenos em desenvolvimentos e outros ativos comerciais, geridos pela ECS.
 
 
 
 
 
 
 
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