
O Banco Central Europeu (BCE) está preocupado com a exposição da banca europeia ao imobiliário comercial, que atravessa uma crise devido à subida dos juros e à massificação do teletrabalho. Em Portugal, para já, os bancos excluem riscos de eventuais impactos na estabilidade financeira.
Fonte oficial da associação que representa os bancos portugueses (APB), disse ao Jornal de Negócios que a exposição do setor bancário português ao imobiliário comercial é limitada, citando o último Relatório de Estabilidade Financeira, do Banco de Portugal (BdP). Além disso, o supervisor antecipa melhorias neste mercado, à medida que a incerteza se for reduzindo.
Consultoras imobiliárias ouvidas pelo jornal também afastam um eventual efeito de contágio, estando “moderadamente” otimistas para 2024.
Marta Lourenço, responsável da área de Portfolio Solutions & Value and Risk Advisory da JLL, lembra que “a crise do crédito malparado em Portugal teve o seu grande "boom" em 2015 e anos seguintes, onde grande parte do stock deste tipo de ativos foi escoado”, estando hoje em dia os bancos “muito mais exigentes nas condições de financiamento”.
“O imobiliário comercial em Portugal, em regra geral, não estava tão valorizado ou mesmo sobrevalorizado como acontecia noutros países pelo que o risco de correções significativas de preço é também menor”, acrescenta Nuno Nunes, responsável da área Capital Markets da CBRE, citado pela mesma publicação.
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