O setor imobiliário foi um dos responsáveis pela quebra nas operações de fusões e aquisições (M&A) em Portugal no arranque de 2025, revela o Jornal de Negócios, com base em dados da TTR Data.
No total, entre janeiro e março, registaram-se apenas 114 transações, uma quebra de mais de 30% face ao mesmo período do ano passado. Em termos de valor, o total das operações não chegou a mil milhões de euros (918 milhões), o que representa uma queda de mais de 70%. É o pior primeiro trimestre desde pelo menos 2020, tanto em número como em valor de negócios.
O imobiliário, que liderou as quedas, viu o número de transações cair 26%, e destacou-se pela forte quebra no investimento. A área da tecnologia (internet, software e serviços de TI) também registou uma retração, com menos 17% de operações.
Apesar do cenário negativo, os especialistas mantêm alguma esperança numa recuperação mais à frente. “O segundo semestre é normalmente mais dinâmico do que o primeiro”, afirmou ao Negócios Tiago Valente de Oliveira, sócio da CMS Portugal.
Outro fator apontado para este abrandamento foi a instabilidade política e económica internacional, especialmente após a tomada de posse de Donald Trump como presidente dos EUA, em janeiro deste ano. As novas políticas comerciais estão a gerar incerteza.
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