Três imóveis já estão do lado da Museu e Monumentos de Portugal, a entidade pública que gere os museus e monumentos nacionais.
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Museu Nacional de Arte Antiga
Créditos: Museu Nacional de Arte Antiga CC BY-SA 3.0 by João Carvalho | Creative Communs
Lusa
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Os imóveis que vão permitir a expansão do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, já foram adquiridos pelo Estado, anunciou esta terça-feira (4 de novembro de 2025) a ministra da Cultura, Margarida Balseiro Lopes.

“Os três imóveis já estão do lado da MMP [Museu e Monumentos de Portugal, a entidade pública que gere os museus e monumentos nacionais] no projeto maior de dar condições para que o museu, uma das joias da cultura portuguesa, possa crescer”, afirmou a governante no Parlamento, numa audição sobre a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026).

Depois de ter sido decidida, pelo anterior Governo, em janeiro de 2024, a compra de dois imóveis e um terreno na Avenida 24 de julho para a expansão do MNAA, o novo Governo, no início deste ano, voltou a aprovar a medida em Conselho de Ministros, num montante de 10,2 milhões de euros, por ter sido “impossível fazer a aquisição no prazo previsto” pela primeira resolução.

Questionada em setembro pela Lusa sobre esta matéria, a diretora do MNAA, Maria de Jesus Monge, disse ter indicações de que o processo estava "praticamente concluído” e poderia “começar a pensar em avançar”. “Há praticamente 80 anos que os diretores desta casa têm alertado para a necessidade de expansão devido à dimensão das coleções e das obrigações que este museu tem para com o público”, referiu na altura.

A necessidade deste projeto está definida há mais de 60 anos, quando já o historiador de arte e especialista em pintura portuguesa João Couto, diretor do MNAA de 1937 a 1962, dizia que o museu precisava de se expandir para expor as coleções.

A concretização do projeto deverá permitir a expansão da área expositiva e das reservas do museu que alberga tesouros como os Painéis de São Vicente, de Nuno Gonçalves, obra-prima da pintura europeia do século XV, e a Custódia de Belém, de Gil Vicente, mandada lavrar por Manuel I e datada de 1506.

Os Biombos Namban, do final do século XVI, registando a presença de portugueses no Japão, e o tríptico "As Tentações de Santo Antão", de Hieronymus Bosch, são outras peças relevantes do acervo do MNAA.

Criado em 1884, o MNAA detém a mais relevante coleção pública do país em pintura, escultura, artes decorativas – portuguesas, europeias e da Expansão –, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como “tesouros nacionais”, assim como a maior coleção de mobiliário português.

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