Os fundos de investimento e as sociedades gestoras estão a sentir um interesse cada vez maior por parte de investimentos ilegíveis para vistos gold (Golden Visa). A procura está a crescer, sobretudo, por parte dos americanos, isto apesar do investimento não estar diretamente relacionado com a autorização de Residência para atividade de investimento (ARI).
Segundo o Jornal de Negócios, o fundo da Optimize Investment Partners – foi lançado em 2021 e é o segundo maior no país – já chegou aos 302 milhões de euros, e o ano pode terminar com 360 milhões de euros sob gestão. E mais: em 1.100 investidores, 600 são golden visa. Em cumprimento com as regras do programa (que obrigam a que, pelo menos, 60% do património esteja investido no país), 65% está em ações, 25% em obrigações e 10% internacionalmente.
“O programa golden visa, que é um pouco mal visto em Portugal porque até 2023 houve um aproveitamento político do que foi a subida dos preços das casas, tem sido uma fonte inestimável de investimento para Portugal”, disse Pedro Lino, CEO da Optimize Investment Partners, citado pela publicação, adiantando que “tem havido uma procura muito grande, especialmente de americanos”.
De acordo com o mesmo responsável, o programa “atrai investidores de maior rendimento, que também se tornam turistas, o que ajuda a financiar as empresas e a dinamizar o turismo”. “Mesmo com a alteração, tem havido uma procura muito forte e a indicação que temos é que a procura não vai abrandar. Tivemos três ou quatro clientes com dúvidas e acabaram por avançar. A maior incerteza que os clientes têm é em relação à estabilidade das leis”, acrescentou Pedro Lino.
A mudança em questão diz respeito aos períodos previstos em cada fase para ter acesso ao estatuto de residente temporário, residente permanente ou nacionalidade. No caso desta última, passa de cinco para sete anos para cidadãos da União Europeia ou de países de língua oficial portuguesa, e para 10 anos para cidadãos de outros países, escreve o Jornal de Negócios.
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