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Há mais 122% de trabalhadores a recibos verdes que em 2000
GTRES

Há 130 mil trabalhadores portugueses a recibos verdes, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos a 2014. São mais do dobro (+122%) que em 2000, ano em que havia 58,6 mil trabalhadores independentes no país.

Segundo o Dinheiro Vivo, que se apoia nos dados do INE – referem-se aos trabalhadores por conta de outrem (Estado ou privados) e também dão conta dos 644 mil portugueses que estão em vários tipos de contratos com termo, onde se incluem os 130 mil a recibo verde –, ao longo destes 14 anos, o número de contratos sem termo foi sempre claramente superior (2,83 milhões de contratos em 2014), mas diminuiu quase 3% desde 2000.

No que diz respeito ao universo dos contratos com termo, refere-se a 2014 e cresceu quase 30% desde 2000.

De referir que há dois dois indicadores que se têm mantido praticamente inalterados nos últimos 14 anos: os portugueses trabalham em média 40 horas por semana e têm uma produtividade de 17 euros por hora. A Alemanha, por exemplo, consegue uma produtividade de 42,8 euros e tem uma semana de trabalho de 35 horas.

“A insegurança e a instabilidade no trabalho prejudicam a produtividade. A confiança entre empregador e empregado, bem como a aprendizagem da cultura da empresa, são essenciais para que o trabalho seja produtivo”, disse Luís Capucha, professor do ISCTE e ex-presidente da Agência Nacional para a Qualificação (2008-2011).

A Autoridade para as Condições de Trabalho detetou 1.510 falsos prestadores de serviços (recibos verdes) em 2014, o que representa mais 200% que em 2013. Só cerca de um terço das situações (34%) foram regularizadas.

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