
“Multitasking” é uma das palavras que seguramente já terás ouvido no teu local de trabalho, ou em conversas com amigos quando o tema é... trabalho. Mas será que esta capacidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo é assim tão positiva? A verdade é que o “monotasking” – fazer uma coisa de cada vez – também é recomendável.
Segundo o Observador, que cita um estudo publicado já em 2014 no Journal of Experimental Psychology, curtas interrupções de dois ou três segundos foram suficientes para os participantes duplicarem os erros cometidos a realizar determinada tarefa. Mas o “monotasking” não significa apenas fazer uma tarefa de cada vez. De acordo com o The New York Times, este é o termo do século XXI para o “prestar atenção” que os professores tanto recomendavam no século passado.
A verdade é que todos temos capacidades neurológicas limitadas que enfraquecem sempre que trocamos de tarefa como quem troca de camisola, sobretudo para quem trabalha online, escreve a publicação, baseando-se num estudo da Universidade da Califórnia. Segundo o mesmo, as pessoas trocam de tarefas cerca de 400 vezes por dia, por isso é que se sentem tão cansadas antes de ir dormir. No final do dia, o corpo está tão desgastado que a única coisa que se consegue fazer é scroll no feed do Facebook, sem se perceber bem o que se está a ver.
Não quer isto dizer que o “multitasking” não seja importante. É, principalmente se tiveres muita coisa para fazer ou se fores pai de uma criança pequena, onde é mesmo indispensável. Mas o “multitasking” não se pode tornar o centro do dia a dia, porque acaba com o foco em todo o resto. Na prática, e apesar de não ser fácil reprogramar o cérebro, o segredo está em relembrar quão bom é poder fazer uma coisa de cada vez. E para isso fazer exercício pode ajudar, porque pelo menos estarás sem acesso a computadores, smartphones etc.
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