As novas tabelas de retenção na fonte do IRS, entretanto publicadas em Diário da República, vão trazer um aumento do rendimento líquido para a maioria dos trabalhadores e pensionistas, em face das medidas de desagravamento do IRS. Quer isto dizer que alguns trabalhadores irão receber mais alguns euros já no final deste mês.
Este ano, o despacho do secretário do Estado dos Assuntos Fiscais, que anualmente atualiza as tabelas de retenção, chegou mais cedo que o habitual, escreve o Diário de Notícias, para que as as taxas possam ser refletidas já na primeira pensão e salário de 2018.
A publicação explica que os trabalhadores solteiros (ou casados, em que ambos os elementos trabalham) que aufiram 3.094 euros brutos veem a taxa de desconto do IRS diminuir de 28,5% para 28,3%. Já nos casais em que apenas um dos cônjuges aufere rendimentos de trabalho dependente, o desconto recua 0,3% se o salário mensal for inferior a 2.925 euros brutos. Nos pensionistas, por sua vez, o alívio mensal será sentido por quem recebe até 3.028 euros.
O Orçamento de Estado para 2018 (OE2018) introduziu várias mudanças ao nível dos impostos. Os escalões passaram de cinco para sete, o que significa que todos os contribuintes com um rendimento mensal abaixo dos 3.250 euros vão pagar menos de imposto. Também o chamado mínimo de existência – o valor a partir do qual os rendimentos são tributados – sofreu um aumento. Já a sobretaxa do IRS foi abolida para todos os contribuintes.
Assim, em 2018, um contribuinte com rendimentos de trabalho dependente só passa a ser tributado a partir do momento em que aufere um salário bruto igual ou superior a 632 euros. Em 2017, pelo contrário, os rendimentos eram tributados a partir dos 620 euros.
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