Este valor diz respeito à média salarial excluindo componentes sazonais como subsídios de férias e de Natal.
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Salário médio bruto dos portugueses acelera 2,8% para 1.039 euros em setembro
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No terceiro trimestre do ano, o salário médio bruto por trabalhador aumentou em termos homólogos 2,8% para 1.039 euros mensais, ficando a um euro do valor recorde que tinha sido registado em maio deste ano, de acordo com os valores divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Este valor diz respeito à média salarial excluindo componentes sazonais como subsídios de férias e de Natal e inclui, pela primeira vez, não apenas beneficiários da Segurança Social, mas também os subscritores da Caixa Geral e Aposentação (CGA), num total de 4,2 milhões de postos de trabalho.

“A remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 3%, no terceiro trimestre de 2019, em relação ao mesmo período de 2018, e a componente regular daquela remuneração aumentou 2,8%, atingindo respetivamente 1.220 e 1.039 euros”, lê-se na nota divulgada pelo INE.

A remuneração bruta total diz respeito à totalidade das remunerações brutas, antes de impostos e de descontos contributivos. Neste cálculo não são incluídos montantes isentos de retenção da fonte e de descontos para a Segurança Social ou para a CGA, como o subsídio de refeição até ao valor de 4,77 euros.

Já a remuneração bruta regular é relativa ao “somatório das remunerações brutas de caráter regular e frequência mensal”, excluindo outras componentes como os subsídios de férias e de Natal, ou seja, tem uma natureza menos sazonal.

Em termos setoriais, no terceiro trimestre do ano, a remuneração regular variou entre os 655 euros registados nas atividades administrativas e dos serviços de apoio e os 2.521 euros verificados nas atividades da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio. E em relação ao período homólogo de 2018, “a maior variação da remuneração total foi observada nas atividades das indústrias extrativas (6,6%), seguida da dos transportes e armazenagem e das atividades administrativas e dos serviços de apoio (ambas com 4,8%)”, frisa o INE.

A maior variação regular foi registada nas atividades administrativas e dos serviços de apoio (5,3%) e nas atividades de transportes e armazenagem (4,7%), já a menor foi contabilizada nas atividades de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (0,7%).

Nos últimos quatro anos, acrescenta a nota, a remuneração bruta mensal regular aumentou acima da média (7,3%) no setor de bens ou serviços transacionáveis (11,3%) e no dos não transacionáveis mercantis (7,8%). No setor dos não transacionáveis não mercantis, que integra as administrações públicas, o aumento foi 6,8%.

“Neste setor, a remuneração regular mantém-se persistentemente superior à média da economia (em cerca de 28% em setembro de 2019), refletindo em larga medida a diferente composição dos seus recursos humanos. É ainda de salientar que nos últimos dois anos se tem assistido a alguma convergência nas taxas de crescimento registadas nos três setores”, refere ainda o gabinete de estatísticas.

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