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Quercus quer reduzir impacto ambiental no setor da construção
idealista/news

A Quercus quer aumentar de 5% para 25% a meta de utilização de materiais reciclados na área da construção. Esta é uma das propostas apresentadas pela associação ambientalista, que pretende diminuir o impacto ambiental no setor.

A associação ambientalista lembrou esta segunda-feira (5 de junho), Dia Mundial do Ambiente, que os edifícios são “grandes contribuidores para o fenómeno das alterações climáticas”, já que são responsáveis por grandes consumos de energia e consequentes emissões de dióxido de carbono (CO2).

Segundo a Lusa, a criação da base de dados de materiais mais ecológicos, que devem ser consultados e incluídos nos projetos de licenciamento, e a prioridade às construções flexíveis e modulares, que possibilitam a readequação para novos usos, são outras das propostas da Quercus.

As sete medidas propostas, caso sejam aceites e concretizadas, podem “contribuir para a diminuição do impacte ambiental deste setor e, consequentemente, para os objetivos traçados pela ONU para 2030”, considera a entidade.

A Quercus defende igualmente que devem ser os próprios municípios “a criar condições para repositórios de materiais de construção, provenientes de obras de demolição, com elevado potencial de reutilização” e que se devem criar regras para que, no licenciamento de um projeto, esteja previsto um potencial poupança de água no futuro edifício.

Outra das medidas apresentadas é a aplicação de multas pesadas sempre que se verifique a colocação em aterro de produtos com potencial de reutilização e/ou reciclagem, a exemplo do que acontece noutros países europeus.

De acordo com os ambientalistas, a aplicação destas medidas resultaria numa diminuição de consumo de novos recursos, numa poupança e reutilização de água, na redução dos consumos energéticos e consequentemente das emissões de gases com efeito de estufa e na diminuição do uso de materiais com alto impacte ambiental.

Em Portugal, o setor dos edifícios é o terceiro maior consumidor de energia, ligeiramente atrás dos setores dos transportes e da indústria, revela a Quercus.

A ausência de políticas locais é “agravada pelo facto de [Portugal] dispor de um clima favorável à utilização de sistemas passivos e de energias renováveis que, se geridos convenientemente, trariam grandes benefícios à economia do País”, adianta a associação ambientalista.

As estimativas da Quercus apontam para que mais de 50% dos resíduos sólidos gerados pelo conjunto das atividades humanas sejam provenientes do setor da construção, que é responsável pela extração de mais de 30% dos recursos naturais. Os edifícios são responsáveis por cerca de 40% da energia final consumida na União Europeia, sendo que o valor em Portugal ronda os 30%.

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