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Novo megaprojeto de reabilitação em Gaia pela mão do dono da Douro Azul
Jornal de Negócios

As instalações da Real Companhia Velha, em Gaia, foram adquiridas pelo empresário Mário Ferreira, que está agora a reabilitá-las num investimento de 50 milhões de euros de euros. O projeto promovido pelo dono da Douro Azul, para requalificar os cerca de 30 mil metros deste quarteirão, contempla a criação de uma zona de escritórios e outra de comércio, um hotel de cinco estrelas, um centro cultural, um museu e "wine bar" e um parque de estacionamento. 

A Altran, que emprega em Portugal mais de mil quadros qualificados, será uma das inquilinas do novo empreendimento no centro histórico de Gaia. O Jornal de Negócios conta que a multinacional francesa, que presta serviços de inovação e consultoria de engenharia de alta tecnologia, decidiu abrir mais um pólo tecnológico no nosso país e vai ocupar grande parte dos quatro mil metros quadrados do complexo afeto a zona de escritórios com 300 engenheiros. 

O Hotel do Cais, que será de cinco estrelas e deverá abrir as portas em 2018, vai ocupar 11,200 metros quadrados, com 114 quartos, e terá como tema de fundo os armazéns de Gaia e o vinho. 

A zona de comércio, com uma área de 2.900 metros quadrados, foi preenchida pela cadeia grossista Recheio Cash & Carry, do grupo Jerónimo Martins, que ali abriu a sua 40.ª loja, inaugurada na passada quarta-feira, 21 de junho.

A Real Companhia Velha, ainda segundo o diário que cita o promotor do projeto Mário Ferreira, decidiu também voltar às suas antigas instalações. Esta companhia de vinho do Porto, que celebrou recentemente 260 anos, vai ocupar 3.600 metros quadrados deste complexo, onde irá instalar um "wine bar" dedicado à promoção dos seus vinhos DOC Douro e Porto e um espaço museológico.

O Quarteirão da Real Companhia Velha terá também um Centro Cultural de Gaia, espaço de 675 metros quadrados cedido gratuitamente à Câmara de Gaia, além de um parque de estacionamento, que será gerido pela SABA e que ocupa uma área de 7.400 metros quadrados, com capacidade para 240 lugares cobertos".

Imóvel com nova vida depois de anos de abandono

Este imóvel, situado na margem ribeirinha de gaia, esteve abandonado durante muitos anos. Em Janeiro de 2007, quando a autarquia era liderada por Luís Filipe Menezes, foi anunciado um acordo com a construtora Novopca, que se comprometeu a transformar o armazém da Real Companhia velha em centro cultural.

A Novopca, recorda o Negócios, chegou a arrancar com as obras de reconversão do imóvel, mas, em estado de insolvência, nunca as completou. No final de 2015, a Câmara de Gaia aprovou a cessão a uma empresa de Mário Ferreira do direito de superfície para concepção, construção e exploração do espaço.

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