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A MSF vive dias de cada vez maior agonia. Depois do pesadelo no Qatar, que empurrou a empresa para o colapso financeiro, a construtora acaba agora de sofrer um novo precalço, sendo afastada de uma das suas principais obras: um empreendimento imobiliário no Gana, no valor de 90 milhões de dólares (81 milhões de euros) que previa a contrução de um polo de negócios e residencial numa das principais avenidas de Acra.

O projeto The Exchange foi adjudicado à MSF há um ano pela Mabani Holdings, o braço imobiliário do conglomerado Forewin Group. Agora, o Expresso conta que o promotor decidiu romper com a construtora portuguesa devido a problemas e atrasos na execução. A Mabani tomou conta do estaleiro, entregando a obra à sucursal do Group Five (África do Sul)

Em processo de viabilização e sem acesso a financiamento, a MSF não terá conseguido dar resposta à urgência das obras do complexo que combina torres residenciais (100 apartamentos) e escritórios, com um hotel da cadeia Radisson, um centro comercial (12.000 m2) e equipamentos desportivos e que se pretende inaugurar em julho de 2018. A Mabani decidiu entar tomar conta do estaleiro, entregando a obra à sucursal do Group Five (África do Sul), ainda de acordo com o jornal.

Por outro lado, a MSF está a braços com problemas numa segunda empreitada no Gana e que visa a conceção e execução do terminal de contentores e edifícios de apoio no porto de Tema, na costa atlântica. A obra portuária, no valor de 68 milhões de euros, está em modo de suspensão e o estaleiro já esteve bloqueado por operários e fornecedores, reivindicando pagamentos em atraso. A versão da MSF, citada pelo semanário, é diferente. O cliente "está com dificuldades pontuais em pagar as faturas vencidas, mas acreditamos que elas sejam passageiras". 

Estes conflitos replicam os incidentes que ditaram o colapso da MSF no Qatar, comprometendo uma carteira de 900 milhões de euros. 

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